COOPERJOVEM III: O Contador de histórias

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O Encontro Estadual do Cooperjovem, realizado nos dias 22 e 23 de outubro em Curitiba, foi encerrado com uma palestra motivacional ministrada por Roberto Carlos Ramos, professor e especialista em educação, que ganhou notoriedade como contador de histórias. Sua história foi mostrada em filme dirigido pelo cineasta Luiz Villaça e produzido pela atriz Denise Fraga. Menor carente e problemático, Ramos foi parar na Febem pela primeira vez ao seis anos de idade e até os 13 anos fugiu 132 vezes da instituição. Sua vida mudou quando conheceu uma pedagoga francesa que o levou para a Europa. Ele foi morar na França, aprendeu a ler e escrever, voltou ao Brasil, formou-se em pedagogia e decidiu voltar para onde tudo começou: a Febem. Foi ensinar matemática e português para os menores carentes da instituição. O hoje pedagogo tornou-se um exemplo: é pai adotivo de 13 crianças.

Cooperar e competir - Por que uma pessoa associa-se a uma cooperativa? Porque quando criança passou pela escola e lá participou do programa Cooperjovem, e isso despertou o cooperativismo para ela, ou porque assistiu a uma palestra, leu alguma matéria jornalística sobre o tema? "Não, a razão é muito mais forte. A pessoa coopera para poder competir", respondeu o gerente de Desenvolvimento Humano do Sescoop/PR, Leonardo Boesche, que participou dos dois dias de evento. No primeiro dia Leonardo falou sobre o tema "O Cooperativismo". Explicando a diferença sobre o que é cooperar e o que é competir, Boesche ressaltou que cabe a cooperativa equilibrar estas duas forças. "Competir e cooperar, pode até parecer que estas ações são conflitantes e até excludentes, mas necessariamente não é isso o que acontece. Muitas vezes, elas são complementares, uma depende da outra", afirmou.

Competitivo - Boesche lembrou ainda que atualmente vive-se num mundo extremamente competitivo. "Estamos constantemente competindo, com quem está ao lado, pela atenção, por espaço... Isto é importante. Mas a cooperação precisa ser estimulada, porque senão ela é esquecida. Este é o nosso grande desafio, por isso temos o Cooperjovem, e por isso temos trabalhos juntos às cooperativas visando estimular a cooperação para a que gente possa equilibrar a cooperação com a competição, que por sua vez é muito mais dinâmica, atuante, além do que sobrevive sozinha, pelas suas características próprias", frisou.

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