COODETEC: Workshop sobre produtividade de soja reúne 150 pessoas

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Cerca de 150 agricultores, profissionais agrícolas e estudantes acompanharam, na quarta-feira (10/08), o Workshop Região Sul de Máxima Produtividade de Soja, em Cascavel, na Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – Coodetec. Os participantes acompanharam os resultados das últimas edições do Desafio Nacional de Máxima Produtividade, promovido pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb).

 

Boas práticas - O diretor executivo da Coodetec, Ivo Carraro fez a abertura do evento, enfatizando a importância das boas práticas adotadas pelos campeões de produtividade. “Essa é uma grande oportunidade de aprendizado, de atualização e ver os agricultores atuantes, interessados, se comprometendo a inscrever áreas nos próximos anos. Reforça ainda mais a importância do investimento que fazemos constantemente em tecnologia.”

 

Caminhos - Segundo o diretor executivo do Cesb, Edeon Vaz Ferreira o principal objetivo do Cesb, na realização deste workshop, é conseguir gerar ações e apontar caminhos para que o sojicultor aumente sua produtividade. “A nossa intenção é estimular o aumento da produção média dos atuais 3.104 kg/ha para 4.000 kg/ha até 2020”, destacou Ferreira. Ainda de acordo com ele, o Desafio de Máxima Produtividade é muito mais que uma competição. “É um estímulo para o desenvolvimento e valorização da cultura.”

 

Inscrições - No último concurso, 1.185 produtores inscreveram suas lavouras. No Desafio anterior, foram registradas 800 inscrições. Antes destes dois desafios, o Cesb promoveu um concurso piloto em 2009, onde 400 sojicultores competiram. O primeiro colocado da safra 2008/09, alcançou 82,8 sacas por hectare. Neste último concurso, da safra 2010/2011, o 10º colocado produziu 87,5 sacas por hectare, sendo que o primeiro chegou a uma produção de 100,6 sacas por hectare. “O agricultor está conseguindo quebrar a barreira das 90 sacas por hectare. Na safra 2008/09, nenhum participante do concurso superou essa marca; na safra 2009/10, dois produtores conseguiram bater essa produção e, na última safra, oito sojicultores superaram as 90 sacas por hectare”, informou Ferreira.

 

Campeões de produtividade - Por duas vezes, o paranaense Leandro Ricci, de Mamborê, ficou entre os primeiros colocados. Em 2010, ele venceu o Desafio de Máxima Produtividade com 108,5 sacas de soja por hectare. Em 2011, por menos de uma saca, Ricci foi o segundo colocado, com 100,5 sacas por hectare. O primeiro colocado, Roberto Pelizzaro, é de Correntina/BA, com 100,6 sacas por hectare. De acordo com o presidente do Cesb, os primeiros colocados utilizaram um arranjo de plantas diferentes, o que os destacou diante dos outros participantes do concurso.

 

Tratamento e plantio diferentes - “O Leandro Ricci, por exemplo, alcançou 100,5 sacas de soja por hectare em 10 hectares e no restante da área (100 ha) produziu 68 sacas. O tratamento e o plantio foram diferentes. Usou o dobro de adubo, dobro da população, com melhor distribuição, em um solo originalmente fértil. Podemos alcançar esses índices e estamos buscando isso. Através dessas discussões, pretendemos desenvolver um pacote de tecnologias, que irá propiciar estes elevados índices de produtividade”, argumentou Orlando Martins, presidente do Cesb.

 

Aplicação das tecnologias - Para Edeon Ferreira, a tecnologia utilizada nestes talhões participantes do concurso deve ser levada também para as demais áreas da lavoura. “Na verdade, as áreas do Desafio, são áreas de teste. É um laboratório. A preocupação do produtor deve ser na lavoura. É necessário ver se é economicamente viável a aplicação destas tecnologias no restante da área.” A meta do Cesb é alcançar 1,5 mil áreas no Desafio de Máxima Produtividade em 2012. “Quanto mais gente, maior a chance de aumentar a produtividade.”

 

Ideias - Carraro ainda reforçou que eventos como o Workshop Região Sul de Máxima Produtividade de Soja, realizado na cooperativa, é uma oportunidade de levar ideias até a pesquisa. “Essa interação, entre profissionais e agricultores, possibilita novos direcionamentos. Precisamos quebrar antigos paradigmas e mostrar que é possível produzir mais e melhor, através de novas técnicas. No fim, todos ganham.” (Imprensa Coodetec)

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