COODETEC: Pesquisadores alertam para situação de risco

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"Embora a colheita de soja esteja em andamento nas principais regiões produtoras, parcela expressiva das lavouras ainda se encontra em fase de risco, exigindo atenção dobrada do produtor". O alerta é do gerente do programa de Melhoramento de Soja da Coodetec, o melhorista Marco Antonio Rott de Oliveira. Segundo Marco, este ainda é um período crítico, porque ao final do ciclo, o agricultor é tentado a baixar a guarda em relação a doenças e pragas que ainda podem causar prejuízos. "Enquanto o ciclo de enchimento de grãos não estiver completado, o risco de perdas provocadas por pragas e doenças continua rondando as lavouras", adverte.

Ferrugem  - Segundo a fitopatologista da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola - Coodetec -, Tatiane Dalla Nora, o atraso no início de plantio de soja em função da estiagem em algumas regiões e as condições climáticas do início da safra, pode estar contribuindo para a falsa impressão de que a incidência de ferrugem  está sendo menor, este ano. "Isto não é verdade. A ferrugem é uma ameaça permanente, que precisa ser monitorada e controlada durante todo o ciclo da cultura", observa, lembrando que em muitos casos, as aplicações contra a ferrugem podem e devem ser associadas ao combate a outras doenças, como as doenças de final de ciclo, num sistema de manejo conjunto.

Doenças - Em condições favoráveis, lembra Tatiane, as doenças foliares de final de ciclo, causadas por Septoria glycines (mancha parda) e Cercospora kikuchii (crestamento foliar de Cercospora), também podem reduzir significativamente o rendimento da soja. Ambas ocorrem na mesma fase da cultura, devido às dificuldades para avaliá-las individualmente, são consideradas como o "complexo de doenças de final de ciclo ou DFC". O fungo C. kikuchii também causa a mancha púrpura na semente, reduzindo a qualidade e a germinação.

Safra atual - As doenças mais freqüentes nesta safra na região oeste do Paraná, de acordo com a Fitopatologista, têm sido o oídio (Erysiphe diffusa), o crestamento por Cercospora kikuchii, a ferrugem (Phakopsora pachyrhizi) e algumas doenças radiculares. A doença radicular mais freqüente no Oeste do Paraná, tem sido a Macrophomina phaseolina, ou podridão cinzenta da raiz. Esse fungo é um habitante natural dos solos e se instala nas raízes desde os estádios iniciais da lavoura, principalmente quando as plantas possuem raízes superficiais devido ao preparo inadequado do solo, provocando a morte prematura de plantas, maturação desuniforme da lavoura.

Orientação - Como alerta para as próximas safras, vale lembrar que o controle desta doença, também conhecida simplesmente como macrofomina, é praticamente inexistente, dentre as medidas para redução de danos causados por esta doença estão a adoção de boas práticas agronômicas  principalmente de manejo do solo com a utilização da rotação de culturas. (Imprensa Coodetec)

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