Controle de verminoses em bovinos exige manejo estratégico para reduzir perdas e elevar desempenho
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Com a chegada do período marcado por maior umidade e altas temperaturas, o desafio do controle de verminoses e ectoparasitas em bovinos ganha força nos sistemas produtivos. O aumento natural da população de parasitas nessa época do ano exige atenção redobrada dos produtores e acompanhamento técnico constante para evitar prejuízos.
Impactos econômicos e produtivos das verminoses
As verminoses gastrointestinais e pulmonares, assim como a infestação por carrapatos, mosca-dos-chifres e bernes, representam uma das principais causas de perdas na pecuária.
Os danos vão desde queda na produtividade até comprometimento direto da saúde dos animais. “Os prejuízos associados a esses parasitas são amplamente conhecidos: redução no ganho de peso, queda na produção leiteira, atraso no desenvolvimento de bezerros e garrotes, além de maior risco de doenças secundárias”, esclarece o consultor do Departamento Veterinário da Cocari (Devet), João Carlos Siqueira.
Além disso, segundo ele, a alta infestação pode comprometer a fertilidade, prejudicar a conversão alimentar e elevar a suscetibilidade dos bovinos a outras enfermidades, ampliando ainda mais os custos de produção.
Manejo integrado é a ferramenta mais eficiente
Para enfrentar esses desafios, o manejo integrado se consolida como a estratégia mais eficiente para manter o rebanho saudável e produtivo.
Isso envolve práticas simultâneas e complementares, que reduzem a carga parasitária no ambiente e aumentam a eficácia dos tratamentos. “O monitoramento constante do rebanho, a observação clínica dos animais, o manejo adequado de pastagens e ajustes de lotação ajudam a reduzir a pressão parasitária e são etapas que não podem ser negligenciadas”, explica o consultor.
Essas medidas diminuem a necessidade de intervenções químicas frequentes e tornam os tratamentos mais assertivos.
Escolha correta de antiparasitários define o resultado
Mesmo com boas práticas de manejo, o uso de antiparasitários segue sendo uma das ferramentas centrais no controle sanitário do rebanho. A assertividade na escolha do produto, da dose e da forma de aplicação influencia diretamente a eficácia. “Nesta época do ano, é fundamental utilizar fármacos com boa performance contra larvas e formas adultas, além de produtos que ofereçam proteção prolongada”, destaca Siqueira.
Essa abordagem contribui para reduzir o número de tratamentos, otimizar mão de obra e evitar falhas no controle parasitário, especialmente em períodos críticos do ciclo dos parasitas.
Prevenção é investimento, não custo
A adoção de protocolos preventivos é sempre mais econômica do que lidar com surtos já instalados. Com manejo adequado, orientação técnica e uso racional de antiparasitários, o produtor garante estabilidade produtiva e sustentabilidade à atividade. “Investir em prevenção reduz custos, aumenta o desempenho do rebanho e mantém a saúde dos animais em equilíbrio, garantindo maior produtividade”, reforça o consultor do Devet. (Assessoria de Imprensa Cocari)