COMMODITIES: Vendas especulativas pressionam preços da soja em Chicago

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As vendas por parte dos especuladores para realização de lucros e redução da exposição ao risco, em função da proximidade do fim de ano, pressionaram os preços da soja no mercado futuro de Chicago, nesta quarta-feira (26/12). Os contratos com vencimento em março (a segunda posição de entrega, normalmente a mais negociada) fecharam com desvalorização de 17,25 centavos, cotados a US$ 14,1850 por bushel. Pesa sobre os preços da commodity a expectativa de clima favorável no Brasil, onde as lavouras estão em desenvolvimento. "A previsão de chuvas para essa semana é muito boa, o que deve direcionar bem a nossa safra", afirma Vinicius Xavier, consultor da FCStone. No noroeste do Paraná, a saca da oleaginosa foi negociada a R$ 65,50, segundo a Cocamar.

Na esteira da soja - O recuo da soja puxou o milho para baixo em Chicago. Os papéis para maio encerraram em queda de 10,25 centavos nesta quarta, a US$ 6,9650 por bushel. A redução nos embarques dos EUA foi fator adicional de pressão: na semana até 20 de dezembro, o país enviou ao exterior 342 toneladas, ante 418 toneladas da semana anterior. Segundo Vinicius Xavier, da FCStone, o clima na América do Sul não tem tanta influência sobre os preços no momento. "Se tudo correr bem, Brasil e Argentina colherão 63,5 milhões de toneladas, com uma produção mundial beirando as 849 milhões de toneladas. Se quebrar 10% aqui, não muda muita coisa em termos de mundo", diz. No oeste da Bahia, a saca saiu por R$ 33 ontem, segundo a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). (Valor Econômico)

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