COMMODITIES: Disputa com milho valoriza soja

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Uma histórica relação entre preços de soja e milho influenciou o comportamento de ambos nesta quarta-feira (15/09) na bolsa de Chicago. E, após uma sequência de expressivas valorizações do milho, que na esteira dos problemas de oferta global de trigo chegou a atingir o maior patamar em 23 meses no mercado, foi dia da soja subir mais forte e voltar a ganhar "folga" na relação.

Área - No plantio de grãos, soja e milho muitas vezes disputam a primazia em uma mesma área. Nos Estados Unidos, levados em conta aspectos agronômicos e mercadológicos - além de uma pendência natural para o milho, preferido pela maior parte dos produtores até por questões culturais -, calcula-se que o ponto de equilíbrio dos preços de ambos, para que nenhum tenha vantagem clara no plantio, é quando a soja vale duas vezes mais do que o milho.

Comercialização - A lógica, é claro, pode ser transferida para a comercialização, que no momento está em fase inicial nos EUA e que terá reflexos na próxima safra. E a soja, antes da crise do trigo, aparecia com larga vantagem sobre o milho, com destaque para o peso da demanda da China, maior país importador da oleaginosa, na formação dos preços. Mas o milho reagiu, o que agora puxou a soja.

Divisão - No último dia 7, já em meio à escalada do milho, a divisão entre a cotação de fechamento dos futuros de segunda posição de entrega (normalmente a de maior liquidez) da soja e a do milho ainda resultava em 2,26. No dia 14, com o milho ganhando força, baixou para 2,09. Nesta quarta-feira, com a maior alta da soja, a divisão voltou a 2,26, fortalecendo a competitividade tendo em vista o próximo plantio, como afirmou Sid Love, analista Kropf & Love Consulting, à agência Dow Jones Newswires. O bushel da soja para janeiro (segunda posição) fechou a US$ 10,5375, alta de 7,50 cents. Já o bushel do milho para março (segunda posição) subiu 0,25 cent, para US$ 5,0850 por bushel. (Valor Econômico)

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