COMMODITIES AGRÍCOLAS: Café, suco de laranja, algodão e milho

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Os preços futuros do café fecharam em alta sexta-feira (07/11), nas bolsas internacionais, impulsionados pela queda do dólar em relação a uma cesta de seis moedas estrangeiras, segundo analistas ouvidos pela Dow Jones. Na bolsa de Nova York, os contratos para março fecharam a US$ 1,17 a libra-peso, com aumento de 115 pontos. Em Londres, os contratos para janeiro fecharam a US$ 1.713 a tonelada, com aumento de US$ 22. Especuladores e fundos realizaram compras, dando suporte aos preços do grão. No mercado paulista, a saca de 60 quilos fechou a R$ 255,24, recuo de 0,81%, segundo o índice Cepea/Esalq. No mês, a valorização é de 0,64%. No Brasil, as exportações seguem firmes. O mercado está atento à safra 2009, uma vez que a colheita de 2008 está concluída.  

Cobertura de posições - Os preços futuros do suco de laranja fecharam em alta na sexta-feira, puxados pelo movimento de cobertura de posições por parte das tradings, segundo analistas ouvidos pela Dow Jones. Na bolsa de Nova York, os contratos para janeiro encerraram a 86,55 centavos de dólar por libra-peso, com aumento de 165 pontos. Analistas de mercado afirmaram que não houve fundamentos que justificassem o movimento altista dos preços do suco. Também não há, no momento, sérios riscos de ameaça de estragos sobre os pomares da Flórida, maior Estado produtor de laranja dos EUA, com a passagem da tempestade Paloma, classificada como categoria 1. No mercado paulista, a caixa de 40,8 quilos de laranja para as indústrias fechou a R$ 9,33, segundo o Cepea/Esalq. 

Baixa demanda - Contrariando a tendência altista de boa parte das commodities agrícolas na sexta-feira, os preços futuros do algodão fecharam em queda, pressionados pela baixa demanda pelo produto no mercado internacional. Na bolsa de Nova York, os contratos para março encerraram o pregão a 45,60 centavos, baixa de 109 pontos. A fraca demanda está derrubando as cotações do algodão, produto considerado supérfluo em épocas de crise. Com o crédito escasso e caro, as indústrias têxteis estão comprando pouco algodão e os consumidores estão adquirindo menos roupas. As exportações americanas também sinalizam recuo, o que também tira suporte dos preços. Em São Paulo, o algodão fechou a R$ 1,1867 a libra-peso, segundo o índice Cepea/Esalq.  

À espera do USDA - Os investidores mantiveram-se em clima de cautela na sexta-feira, à espera do relatório de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado hoje. Sem direção definida, o preço do milho encerrou a sessão em leva baixa. Na bolsa de Chicago, os contratos com vencimento em março de 2009 recuaram 2 centavos de dólar, para US$ 3,9350 por bushel. "Acho que os traders não têm certeza sobre o que fazer com o relatório [do USDA]. Temos seguido o preço do petróleo ao longo de toda a semana", disse à Dow Jones Doug Harper, analista da Brock Associates em Milwaukee. No mercado doméstico, o preço da saca de 60 quilos encerrou em baixa de 0,19%, a 20,80, segundo o indicador Esalq/BM&FBovespa. No mês, a baixa acumulada é de 2,62%. (Valor Econômico)

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