COCARI II: Dia de campo indica caminhos para a cafeicultura

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No Dia de Campo - Culturas do Café, realizado nesta quarta-feira (14/04) pela Cocari, em Mandaguari-PR, foram discutidas com os cafeicultores alternativas para o sucesso na atividade. Entre os principais assuntos tratados, a mecanização da cafeicultura foi um dos mais abordados.

Mudar conceitos - De acordo com o engenheiro agrônomo responsável pelo setor de café da Cocari, Roberval Simões Rodrigues, os cafeicultores precisam mudar alguns conceitos. "Nós passamos por um momento de crise de café, no qual ficar trabalhando do jeito que estava trabalhando, acaba se tornando inviável. Mas temos ainda como mecanizar a atividade para reduzir custos e como aumentar a produtividade, tornando a cafeicultura mais rentável, permitindo que mesmo em uma crise de preço, o agricultor ganhe dinheiro com o café", explica.

Saída para o futuro - Rodrigues diz acreditar que sem a mecanização o cafeicultor não vai sobreviver. "A mão-de-obra já está mais escassa. O cafeicultor tem de usar a mecanização para poder sobreviver. Hoje, existe mecanização para praticamente 90% do que se precisa fazer em café. É preciso mecanizar para ter sucesso." Segundo o engenheiro agrônomo não é necessário gastar com implementos caros, pois existem soluções baratas. "O produtor tem de usar o que é mais barato. Existem implementos usados em que é possível fazer adaptações. O importante é a rentabilidade, não precisa gastar com coisa cara. E tem muitos fazendo isso já, só precisa o produtor olhar para o vizinho que está fazendo e copiar", conta. 

Nova alternativa - Para o pesquisador do Iapar Tumoru Sera, os cafeicultores paranaenses têm uma nova alternativa tecnológica, que é o café adensado mecanizado. "Com essa tecnologia dá para se reduzir cerca de R$50 a R$100 por saca beneficiada para poder ter lucro com preço ruim."

Difusão de conhecimento - Segundo ele, os cafeicultores devem procurar informações com as cooperativas e institutos como Emater e Iapar. Sera ainda pede para que quem aprendeu de graça, ensine pelo menos dez agricultores colegas para difundir as tecnologias e aumentar a produção. Dessa maneira, segundo ele, os cafeicultores podem garantir melhor comercialização e reivindicar melhor tratamento para nossa cafeicultura. "Temos que somar força." (Imprensa Cocari)

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