COCARI: 2ª Edição do Dia de Campo de Café celebra boa fase no setor

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Em se tratando de café, a Cocari não tem do que se queixar. Além de ter em seu quadro de cooperados o cafeicultor Yassumassa Asami, que produziu o melhor café do Paraná e o segundo melhor do Brasil em 2007, a cooperativa vem conseguindo melhorar os resultados de produtividade e ainda aumentar o número de cooperados que plantam café.Repetindo o sucesso da primeira edição, realizada ano passado, ocorreu, na última quinta-feira (10/04), o 2º Dia de Campo de Café da Cocari. O evento contou com a participação de cooperados de toda área de atuação da cooperativa, além de cafeicultores da região e de estudantes de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá.

Retomada - O presidente da cooperativa, Vilmar Sebold, acompanhado do vice-presidente Luiz Carlos Fermino da Rocha, do diretor executivo Marcos Antonio Trintinalha, e de demais membros da cooperativa, explicaram aos aproximadamente 500 participantes como seriam realizadas as atividades do dia. Na recepção, o presidente da Cocari mostrou-se surpreso com a boa participação dos cooperados cafeicultores e disse que o dia de campo faz parte do processo de retomada da cultura de café na cooperativa. Já o vice-presidente da Cocari informou aos cooperados sobre as constantes inovações ocorridas no setor de Café da cooperativa, que recentemente adquiriu um novo conjunto de máquina de beneficiamento de café, aumentando assim, a capacidade operacional do setor.

Qualidade do Café - Ainda na Associação Atlética Cocari, os participantes puderam acompanhar palestra ministrada pelo engenheiro agrônomo do Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Mapa) Francisco Barboza Lima. Na oportunidade, Lima falou sobre tendências dos consumidores mundiais de café, requisitos básicos para se obter qualidade na bebida, tipos de café e ainda discorreu sobre o Concurso Café Qualidade Paraná 2008, do qual faz parte da Comissão Julgadora. Segundo Barboza, a Cocari tem boas chances de sediar, em Mandaguari, a fase estadual do concurso de qualidade. "Mandaguari tem mostrado desempenho nos encontros e a participação é grande dos produtores. E a Cocari mostra-se empenhada também na organização desses eventos, o que dá boas chances de que o Concurso Café Qualidade Paraná 2008 seja sediado em Mandaguari."

Manejo, defensivos, cultivares e maquinários - Encerrada a palestra do representante do Mapa, os participantes do Dia de Campo de Café dirigiram-se ao Centro Tecnológico da Cocari (CTC). Após serem divididos em nove grupos, iniciou-se as visitações aos estandes da própria cooperativa e das empresas parceiras, sendo Iapar, Emater e empresas privadas de defensivos e maquinários agrícolas. Uma máquina de colher café chamou bastante a atenção dos participantes, pois, no Estado do Paraná, a colheita, em sua maioria, ainda é feita manualmente. A cooperada do município de Marumbi (distante 391 km de Curitiba) Elza Salatta participou do dia de campo e diz ter praticamente nascido debaixo de um pé de café. "O que estou aprendendo neste dia de campo, com certeza, aplicarei em minha lavoura", diz a cooperada, que mantém a tradição familiar de cultivar café.

Aprendizado constante - Para o cooperado da Cocari Yassumassa Asami, muitas pessoas chegam ao dia de campo pensando que sabem tudo sobre café, mas percebem o quanto estão equivocadas. "Temos muito o quê aprender ainda. E as novidades tecnológicas que acompanho nos dias de campo, procuro aplicar aos poucos em minha propriedade", conta o campeão do Concurso Café Qualidade Paraná 2007.

Inovações  - Velho conhecido dos cafeicultores paranaenses, o pesquisador Tumoru Sera contribui há 32 anos com a cultura de café por meio de suas pesquisas e trabalho no Iapar. No estande, mostrou, entre outras inovações do Iapar, variedades de café resistentes ao nematóide e ainda três tipos diferentes de espaçamentos que se encaixam de acordo com o tamanho da propriedade. Entre outras pesquisas, Tumoru ajudou a desenvolver a cultivar Iapar 59, que, diferentemente das cultivares mais antigas, como Mundo Novo e Catuaí, consegue resistir à ferrugem.

Um novo método de plantar café - A família Rosseto, de Mandaguari, é tradicional no setor cafeeiro e está sempre em busca de novas técnicas de manejo e de tecnologias em geral para o segmento. No Dia de Campo de Café da Cocari, a família expôs um novo maquinário de plantio de café. Marcelo Rosseto conta que foi procurando mudas de café em outra cidade que ele e sua família acharam o novo maquinário, o qual consiste basicamente em um sulcador, que coloca as mudas de café organizadamente de acordo com o espaçamento que desejar.

Inovação desperta interesse - Rosseto conta que, embora tenham recebido convite da Exposição de Londrina para expor o maquinário, preferiram divulgá-lo primeiro aos cooperados da Cocari. Na região de Mandaguari, o novo modo de plantar café é inovador e muitas pessoas mostraram-se interessadas no invento. De acordo com ele, antigamente conseguia-se plantar manualmente, no máximo, 400 mudas de café por dia. Hoje, com o maquinário, a família Rosseto planta em média 1.200 mudas por hora.Com investimento baixo (em torno de R$ 400 para mandar fazer as soldas), para utilizar o maquinário é preciso que uma pessoa guie o trator, que outra vá colocando as mudas e que uma terceira as ajeite na terra. Recomenda-se, também, que, antes do plantio, pelo menos quatro pessoas se encarreguem de ir tirando os plásticos que envolvem a muda e cortando a raiz do fundo. (Imprensa Cocari)

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