COCAMAR: Safra de laranja vai ser menor, avalia cooperativa

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Com 40% dos pomares de citros da região da Cocamar já colhidos, a safra de laranja do ciclo 2010/11, iniciada em junho, avança em ritmo acelerado e deve estar concluída até o final do ano. A previsão da cooperativa é de que serão recebidos 3,1 milhões de caixas de 40,8 quilos. A produção diminuiu em relação à expectativa inicial - era de 3,8 milhões de caixas - o que se atribui ao veranico ocorrido nos últimos meses, que afetou variedades precoces no período de enchimento de frutos. Segundo Antonio Ailton Basso, o Tuna, gerente industrial da indústria de sucos concentrados, devem ser produzidas 11 mil toneladas de suco concentrado de laranja e 310 toneladas dos subprodutos óleo essencial e d'limonene.

2009 - A safra é menor que a do ano passado, quando foram processados 4,5 milhões de caixas. A produção da indústria foi de 17,9 mil toneladas de suco concentrado, 535 toneladas de óleo essencial e d'limonene, sem falar das 150 mil caixas de laranja in natura. "Com as chuvas abundantes em alguns períodos de 2009, não houve o estresse necessário à planta para garantir uma boa florada, concentrando a safra também", explica Leandro Cezar Teixeira, coordenador técnico de Culturas Perenes.

Clima atípico - Outros problemas causados pela chuva foram a incidência de cancro cítrico, apesar de toda a orientação técnica e, assim como ocorreu em São Paulo, um ataque severo de estrelinha, doença que ataca os botões florais provocando a sua queda e consequente redução de produtividade. "O clima da safra 2009/2010 foi totalmente atípico para a laranja, contribuindo negativamente para a cultura", explica Teixeira. "Ainda é cedo para avaliar o potencial produtivo da nova safra [ciclo 2010/11]. Muita coisa pode acontecer, mas a florada que vem acontecendo nos pomares tem sido bastante intensa", afirma Teixeira.

Atenção - O coordenador orienta que o momento é de o produtor estar atento a estrelinha. É preciso fazer o controle preventivo. Mesmo sem chuva, só o orvalho tem sido suficiente para a proliferação do fungo que causa a doença.   Com a floração, se intensifica também o ataque do psilídeo, inseto responsável pela transmissão do greening, doença que tem preocupado os citricultores por não ter controle e demandar a erradicação da planta afetada. "Ao fazer o manejo da estrelinha, o produtor pode também aplicar inseticida para controle do psilídeo. O citricultor, que já fez duas vistorias do pomar para prevenção do greening no primeiro semestre, deve programar as duas últimas até o final do ano", orienta. (Imprensa Cocamar)

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