COCAMAR: Meta é receber 300 mil sacas este ano

Receber 300 mil sacas beneficiadas de café na safra que começa a ser colhida em março/abril, é um dos objetivos da Cocamar em 2008. A projeção leva em conta que o setor cafeeiro alterna um ano de boa produção e outro mais fraco, o que é explicado pela característica de bianualidade da cultura. Em 2007, a cooperativa recebeu 160 mil sacas.

Dólar - Apesar do grão estar bastante valorizado no mercado internacional, sendo cotado a 130 dólares a saca em média, os produtores demonstram insatisfação. O problema é a baixa cotação do dólar na paridade com o real. Segundo o gerente comercial de café da cooperativa, Adenir Fernandes Volpato, o Gabarito, entre 2001 e 2003 o preço do café ficou abaixo de 60 dólares em média e sonhava-se com um patamar ao redor de 80 dólares a saca. "Hoje, estamos muito além disso mas o efeito cambial deixa o cafeicultor frustrado", comentou o gerente.

Área plantada - Atualmente há 11 mil hectares cultivados com café na região da Cocamar e para que os cafeicultores consigam obter melhores resultados com essa atividade, a cooperativa desenvolve um programa voltado a ajudá-los a ampliar seus níveis de produtividade e também a qualidade do produto.

Fatores limitantes - O gerente observa que não existe previsão de expansão dos cafezais. Segundo ele, a cafeicultura esbarra em dois fatores limitantes, no Paraná. De um lado, a dificuldade de os viveiristas obterem sementes para a produção de mudas resistentes ao nematóide, espécie de larva do solo que ataca as raízes. De outro lado, a escassez de mão-de-obra, visto que grande parte dos trabalhadores migrou, nos últimos anos, para outras culturas, entre as quais a cana-de-açúcar. Hoje, segundo Gabarito, só a mão-de-obra representa cerca de 70% dos custos do café adensado. (Cocamar)