COCAMAR II: Produtor consciente: não se planta mais sem cobertura do solo

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Se o plantio de braquiária é importante na terra roxa, no arenito é fundamental. E os produtores estão conscientes disso. Com as fortes chuvas deste ano, esse capim mostrou ser um forte aliado não só na estiagem, mas também quando há excesso de água, evitando a erosão e o arraste de terra onde o solo fica descoberto. "Não se planta mais sem cobertura. O solo da região é muito frágil e esquenta muito. Quem usa tecnologia e investe para ter retorno, não tem como não fazer cobertura", destaca o gerente da unidade de Altônia, Eleutério Roncato Neto.

Salto - Por conta disso o plantio de braquiária deu um salto, afirma o engenheiro agrônomo Paulo André Machinski, coordenador de culturas anuais da Cocamar. No ano passado havia 7,2 mil hectares com braquiária em propriedades de solos arenosos na região da Cocamar. Este ano, a área mais do que dobrou: 14,7 mil, 19% da área total plantada com soja no arenito. Na terra roxa, o percentual é de 15%. Em Altônia, Eleandro Zanolli, técnico agrícola da unidade, conta que praticamente todos os cooperados que plantam grãos já têm braquiária em pelo menos uma parte da propriedade e quem já fez a cobertura do solo em anos anteriores, fechou tudo com o capim. 

 

Experiência - Com a experiência de dez anos plantando soja no arenito, Vera Lúcia Rodrigues Marques, de Altônia, não tem dúvida: no arenito tem que ter palha cobrindo o solo, seja por causa das chuvas que arrastam a terra ou da estiagem e calor que prejudicam o desenvolvimento das culturas. No ano passado ela consórciou milho e braquiária em 60 alqueires. Diante da maior retenção de umidade, melhor controle de plantas daninhas, menor temperatura do solo e outras vantagens, a produtora cobriu todos os 530 hectares com braquiária consorciada ou solteira. (Imprensa Cocamar)

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