COCAMAR II: Para Luiz Lourenço, potencial de expansão do agronegócio brasileiro é grande

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Falando na noite de ontem (29.07) no Haddock Buffet em Maringá sobre as perspectivas do agronegócio durante evento promovido pela Rádio CBN, o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, mostrou que o potencial de expansão desse setor no Brasil ainda é muito grande. O cultivo de grãos utiliza ao redor de 50 milhões de hectares, mas ainda há 220 milhões de hectares de pastagens extensivas e grande parte disso pode ser incorporada à agricultura.

Arenito caiuá - Segundo Lourenço, aqui mesmo no Paraná, os solos do arenito caiuá, na região Noroeste (cujas referências são as cidades de Umuarama e Paranavaí), têm condições de potencializar a produção de alimentos. Hoje, as pastagens do arenito, em grande parte degradadas, mal suportam uma cabeça de bovino por hectare, o que não remunera a atividade pecuária. Já no programa de integração agricultura-pecuária, em que o solo é reestruturado no verão com o cultivo de grãos e retornando no inverno para pastagem, o número de cabeças por hectare pode ser multiplicado por quatro ou até mais.

O desafio é sensibilizar o produtor - Lourenço disse que apesar de toda a demonstração prática de que isso funciona bem e é um negócio altamente lucrativo, quem está no arenito, principalmente o pecuarista, não se sensibiliza. "A verdade é que o agricultor não quer se pecuarista e o pecuarista, muito menos quer ser agricultor". Por isso, o Noroeste vive um círculo vicioso, de empobrecimento e mal-aproveitamento das terras, quando as soluções estão acessíveis e próximas.

Ampliação - Mesmo assim, com o Brasil à frente, a América do Sul tem condições de ampliar em cerca de 300% sua área agricultável, transformando-se no grande celeiro mundial. Outras regiões do planeta apresentam, da mesma forma, possibilidades de expansão, mas em condições muito inferiores às do Brasil. No País, segundo ele, além de solo e clima favoráveis, há a vantagem de os agricultores serem empreendedores, ou seja, estarem sempre abrindo novas fronteiras e horizontes. Na Bolívia, exemplificou Lourenço, são os brasileiros que impulsionam a agricultura, onde já plantam 2 milhões de hectares com soja.

Preços - O presidente da Cocamar projeta um cenário bastante positivo para o agronegócio nos próximos anos, no que refere a preços. "Quando comparamos as cotações atuais da soja, em dólar, com a média histórica, ficamos impressionados", disse. Ele explicou que a alta mundial dos alimentos vem acompanhando as elevações de preços de outros tipos de commodities, como as metálicas, além do petróleo. "O horizonte é favorável para grande parte dos produtos agrícolas, mas não podemos esquecer que os custos também cresceram de forma assustadora", completou. (Imprensa Cocamar)

Conteúdos Relacionados