COCAMAR: Agricultura de precisão é tema do Ciclo de Debates

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Tendo como tema Os Rumos da Agricultura de Precisão, a Cocamar promoveu, na noite de quarta-feira (05/05), a 17ª jornada do seu Ciclo de Debates, iniciativa que teve como mediador o engenheiro agrônomo Victor Palaro, coordenador de Agricultura Digital da cooperativa, a participação de André Aguillera, coordenador do Centro de Soluções Conectadas da Concessionária Cocamar-John Deere, e a presença do convidado especial, o professor José Paulo Molin, titular da USP e presidente da Associação Brasileira de Agricultura de Precisão (AsBraAP).

Audiência - Com seu formato digital, o Ciclo foi acompanhado por uma centena de produtores e técnicos, registrando 530 visualizações.

Relevância - Ao fazer a abertura, o superintendente de Relação com o Cooperado, Leandro Cezar Teixeira, destacou que “o assunto Agricultura de Precisão vem ganhando muita relevância nos últimos anos para a tomada de decisões mais assertivas “, lembrando que a cooperativa oferece “soluções completas para garantir todo o suporte ao produtor”. Para ele, o professor Molin, do qual foi aluno em 1999, “está entre os mais respeitados especialistas em Agricultura de Precisão no país”.

Um salto - Em resumo, o professor Molin citou que a Agricultura de Precisão ganhou impulso a partir de 1988/89, com o surgimento do GPS, mas se consolidou mesmo no país a partir de 1994 e 1995. “Quem operou as máquinas até a década de 1980, se recorda que elas não tinham um único botão, era tudo manual”, disse, definindo Agricultura de Precisão (AP) como “o trabalho de gerenciar as lavouras a partir do entendimento de que elas não são uniformes”, ou seja, os produtores estavam e muitos deles ainda estão habituados a tratar tudo pela média, como se as lavouras fossem homogêneas.

Requisitos - A aplicação massiva dessa tecnologia começou mesmo entre 2001 e 2002, destacou o professor, lembrando a existência de dois requisitos básicos para o seu desenvolvimento: a segurança alimentar, que exige a rastreabilidade para a conquista de mercados alternativos, e a sustentabilidade (considerando os fatores ambiental, social e econômico).

Vertentes - Atualmente, duas vertentes resumem a AP: de um lado, a variabilidade das lavouras e, de outro, o avanço da automação embarcada nas máquinas. “A agricultura evoluiu muito nos últimos anos e as empresas de máquinas souberam aproveitar isso”, disse o especialista.

Gargalos - Indagado por Victor Palaro sobre o que mudaria se fosse possível retroceder ao período de introdução da AP no país, o professor afirmou que a importação de uma fórmula pronta dos Estados Unidos suscitou algumas falhas, particularmente quanto ao tamanho das áreas (grade) para a amostragem do solo. “O momento agora é desafiador”, asseverou Molin, ao explicar que o objetivo é colocar ainda mais inovação nesse mundo digital, com o objetivo de auxiliar o produtor a fazer uma agricultura com mais precisão, ou seja, errar menos em cada talhão da propriedade.

Gerenciável - “A agricultura é cada vez mais gerenciável”, comentou André Aguillera, ressaltando o comentário de Molin de que é preciso utilizar todos os recursos possíveis para fazer com que a agricultura seja mais precisa. “Hoje em dia, tudo está na palma da mão do produtor, que tem o domínio da situação”, disse o professor, lembrando existir ainda o paradigma de que áreas de uma propriedade apresentam potencial para produzir e outras não têm vocação.

Estudar - Finalizando, Palaro comentou que antigamente se ouvia muito que quando não queria estudar, o filho do agricultor deveria ficar na roça. “Mas hoje, para permanecer na roça, é preciso estudar e muito.” (Imprensa Cocamar)

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