COAMO II: Região inicia plantio do milho

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Os agricultores estão nos últimos preparativos para colocar as máquinas no campo e dar início ao plantio da safra de verão do milho. Em toda a região de Campo Mourão, Noroeste do Estado, apenas a umidade impediu que a semeadura já tivesse começado neste final de semana. Motivados pelo bom preço, os produtores ampliaram a área da cultura em aproximadamente 90% em alguns municípios da região, o que chega próximo de repor as perdas em extensão pelas quais vinha passando o milho no verão.

 

Recomposição - O engenheiro agrônomo José Marcelo Fernandes Rúbio, encarregado do Departamento Técnico da Coamo em Mamborê, explicou que mesmo com esse crescimento na área ainda não se tem a área de milho que a região possuía há três anos. “Esse crescimento é uma recomposição de área. Há algum tempo já que a cultura tinha perdas sucessivas na safra de verão”, diz.

 

Preços - Os bons preços do milho, com perspectiva de seguirem firmes nos próximos meses, estão entre os fatores que influenciaram o produtor a optar por plantar mais este ano. Como a diferença entre o preço da soja e o do milho - principais grãos plantados no verão – era muito grande, os agricultores optavam pelo primeiro. Com os estoques mundiais ajustados tudo indica que a safra 2011/12 será de recuperação dos volumes de produção.

 

Em alta - Na safra passada, a saca de 60 quilos de milho era comercializada por R$ 14,50. Hoje a mesma saca está sendo negociada por R$ 22,50, um aumento de 55% em um ano. “Os preços sinalizam que vão continuar altos, tanto no mercado atual como futuro”, explica José Marcelo.

 

Rotação de culturas - Além do preço, a necessidade de alternar as culturas foi o que motivou o produtor Wilson Menin a aumentar em 69% a área plantada este ano. A rotação de culturas é uma técnica de conservação que visa diminuir a exaustão do solo. Isto é feito trocando as culturas a cada novo plantio de forma que as necessidades de adubação sejam diferentes a cada ciclo.

 

Clima - Em anos anteriores, o principal entrave para o bom resultado do milho na primeira safra, era a seca. “Em relação a produção, a seca pode atrapalhar bastante”, aponta o engenheiro agrônomo. Segundo ele, não há previsão de problemas climatológicos para essa safra. “Na safra passada a gente tinha expectativa de ser um ano seco e isso acabou não se confirmando. Para este ano, a previsão é de neutralidade, então as expectativas não poderiam ser melhores”, ressalta.

 

Custo de produção - Menin acrescentou que além de não haver previsão de problemas climáticos, o custo de produção não subiu muito. “Em relação ao ano passado houve um aumento de cerca de 5%, é pouca elevação e ainda mais porque a produtividade está muito maior.”

 

Pouco milho no mercado - Para o produtor, as perdas registradas no milho safrinha com a geada foram interessantes para o mercado. “Como temos pouco milho no mercado então isso valoriza o produto e consequentemente conseguimos um preço maior”, esclarece. Apesar de ter perdas, ele lembrou que elas não foram grandes.

 

Resultados finais - O engenheiro agrônomo que o acompanha relatou que os resultados finais não foram tão negativos quanto se pensou no início. “Muito produtor colheu com a geada o que esperava sem a geada.” Na propriedade de Menin em Mamborê, o plantio começa nas próximas semanas e só deve terminar no final de setembro. (Jornal Tribuna do Interior/Campo Mourão)

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