COAMO: Cooperativa promove 19º Encontro na Fazenda Experimental

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Iniciou na semana passada e segue até a próxima quinta-feira (15/02) o 19º Encontro de Cooperados da Coamo Agroindustrial Cooperativa. O evento está sendo realizado na Fazenda Experimental e deve reunir cerca de quatro mil produtores de toda a área de ação da cooperativa. Durante o encontro os cooperados podem obter informações sobre as novidades tecnológicas existentes no mercado para a condução das lavouras, agregação de valor e renda às atividades. No encontro os visitantes podem ver também variedades de soja pesquisadas pela Embrapa/Soja e Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec) com resistência nematóide do solo e de algumas pragas. O coordenador do evento, engenheiro agrônomo Joaquim Mariano Costa, que os produtores estão buscando novidades e tecnologias para aumentar as produtividades das lavouras. Ele afirma que os produtores rurais estão procurando por variedades mais precoces. "Em relação à soja, eles (os agricultores), querem atender questões de mercado e também querem colher a soja mais cedo para o milho safrinha", analisa. Ele acrescenta que nesse ano a área de milho safrinha na região de atuação da Coamo deverá ser 20% maior do que a do ano passado. De acordo com o coordenador o milho será uma boa opção para os próximos anos. Devido a isso, novas alternativas de híbridos estão sendo apresentados no encontro. O agrônomo salienta que nesse ano, pela primeira vez existe uma estação junto com a Embrapa/Milho/Sorgo sobre doenças em milho. "São várias doenças para ensinar os produtos a identificar a gravidade das doenças e também verificar os comportamentos de produtos que controlam as doenças".Na área da biotecnologia, os visitantes podem ver uma variedade de algodão que pode ser convencional ou transgênica. "Foi introduzida um gene de resistência às lagartas e com isso há um controle total da praga", pondera Costa.

Visitante - O produtor rural, Reinaldo Hammes, viajou quatro horas e meia para o encontro. Ele se deslocou de Cantagalo a Campo Mourão, uma distância de 287 quilômetros. Essa foi a primeira vez que Hammes participa do encontro e promete outras visitas. "Da próxima vez vou tentar trazer a família que me ajuda no cultivo das lavouras", diz. Ele comenta que o encontro é bom, pois os produtores têm a oportunidade de tirar suas dúvidas junto aos pesquisadores que desenvolveram as tecnologias. "Podemos conhecer as variedades que mais se adaptam a nossa região e com isso elevar a produtividade".

Estrutura - A Fazenda Experimental está instalada numa área de 170 hectares. Nela são realizados testes e experimentos sobre novas técnicas de plantio, variedades, conservação de solos e de combate a doenças e pragas. Na fazenda são desenvolvidas diversas experiências e testadas variedades, defensivos e fertilizantes agrícolas, máquinas e implementos, além de sistemas de plantio.

Ferrugem - O coordenador do evento, engenheiro agrônomo Joaquim Mariano Costa, destaca que entre as novidades apresentadas no encontro está o problema causado pela ferrugem asiática da soja. Ele explica que a doença surgiu em 2001 e não havia causado grandes prejuízos nas lavouras da região. "Nos últimos anos, o clima não ajudou na produção de soja e, conseqüentemente, na proliferação da doença. Isso dificultou que estudos mais minuciosos fossem feitos sobre o perigo e severidade que a doença poderia causar nas lavouras. Também havia dúvidas sobre o momento certo e o número de aplicações de produtos químicos para controle. Porém, sabíamos que quando tivéssemos clima para produzir soja, a doença iria proliferar e foi o que aconteceu", assinala. Segundo ele, como a ferrugem apareceu nas lavouras de forma mais severa nesse ano, está sendo possível realizar um estudo mais profundo sobre a doença. "Esse ano está permitindo que todas as dúvidas sobre a ferrugem asiática seja sanada. E para surpresa, e tristeza, estamos verificando que a doença realmente é terrível e muito danosa. Ela está agindo na região da mesma forma que agiu na Bahia, Goiás e Mato Grosso onde causou estragos e mostrou a voracidade devida ao clima chuvoso", observa. Costa diz que tem produtores que já fizeram duas aplicações químicas para controlar a doença e poderá fazer mais uma ou até mesmo duas. "Mesmo aplicando na hora certa, a doença ainda pode causar danos irreversíveis às lavouras de soja", diz e completa que a perda pode chegar a 80%. (Coamo)

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