Coamo capacita produtores de leitões
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Com a presença do médico veterinário e pedagogo mexicano Juan José Maqueda, consultor internacional para a área de produção e sanidade suína, a Coamo Agroindustrial Cooperativa realizou nos dias 28 e 29 de outubro, importante treinamento para produtores iniciadores do Projeto de Suinocultura Coamo. O evento aconteceu na Fazenda Experimental da cooperativa, em Campo Mourão (região Centro-Oeste do Paraná) e no auditório da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Campo Mourão (AEACM), reunindo um público de 110 pessoas, entre criadores e técnicos.
Influências - A influência humana na produção de leitões foi o tema do encontro. “Fomos muito felizes em conseguir um espaço na agenda do consultor Maqueda, que é um grande mestre na arte de produzir carne suína”, disse o médico veterinário Rogério Paulo Tovo, um dos organizadores e responsável pelo Projeto de Suinocultura da Coamo. “Foi uma grande oportunidade para os criadores conhecer a filosofia de um professor requisitado para palestras no mundo inteiro”, assegurou Tovo, salientando que a suinocultura não precisa ter alto custo para ser viável, “basta que o produtor trabalhe com organização e qualidade no manejo com a produção, abusando da sintonia na relação entre homem/animal”.
Máquina de carne – Para Juan José Maqueda, a produção de suínos é comparada a uma mesa. Cada uma das bases representa as estruturas da atividade, que se sustentam em genética, sanidade, biossegurança e manejo. Ele visitou diversas granjas na área de ação da Coamo e revelou que o gargalo da produção, a exemplo do que acontece na maior parte do mundo, está no manejo. “As pessoas são as grandes gestoras de todo o processo de manejo nas granjas. Elas são peças fundamentais para que a produção obtenha o resultado desejado. Os suínos não são como os bovinos, que produzem sozinhos. Eles precisam das pessoas em todas as fases das suas vidas”, ressaltou. Procedimentos, instalações, equipamentos e treinamento técnico de pessoal são questões diretamente ligadas ao manejo da produção e que influenciam diretamente no sucesso da atividade, apontou Maqueda em suas palestras. Ele abordou todas as fases da cadeia produtiva de suínos, desde a gestação até a terminação. “São duas pontas da cadeia produtiva do suíno: uma pode ser comparada a uma fábrica de leitões e outra de carne. Ambas, de bem conduzidas, agrega lucro ao bolso do produtor”.
Suinocultura industrial – Depois de atravessar uma das suas piores crises, a suinocultura tem experimentado bons momentos, nos últimos meses, com o aumento no preço de mercado do quilo do suíno vivo e a redução nos custos de produção. No caso dos produtores integrados ao Projeto de Suinocultura da Coamo, o aquecimento da atividade tem propiciado a retomada dos programas de melhoria da qualidade da suinocultura industrial praticada pela cooperativa. “Estamos trabalhando fortemente no programa de controle de pneumonia enzoótica, através da vacinação de leitões, e no controle e erradicação da sarna suína, estendendo o programa também aos terminadores. Assim, acreditamos poder crescer ainda mais na atividade, sem abrir mão da qualidade que é uma tradição entre os produtos Coamo”, concluiu Rogério Tovo.