COAGEL: Palestra sobre doenças da soja em Goioerê

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O professor da Universidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, engenheiro agrônomo Carlos Alberto Forcelini realizou no dia 30 de outubro uma palestra sobre as principais doenças da soja e o seu controle. A palestra aconteceu na sede da Coagel, em Goioerê e contou com a presença de profissionais da área técnica e produtores cooperados. Para o professor Forcelini, uma das principais preocupações dos produtores hoje é em relação a ferrugem asiática, principalmente na última safra, quando a doença foi mais severa, com incontáveis prejuízos aos produtores que não seguiram orientações técnicas para o controle da mesma. "Não tenham dúvida de que, em nível de Brasil a ferrugem é a principal doença da soja, mas que os produtores precisam também ficar atentos às doenças de final de ciclo, tão importantes também quanto a ferrugem", destacou.

Atenção - De acordo com ele, as doenças de final de ciclo às vezes passam despercebidas dos produtores o que leva a ter prejuízos com a cultura. Ele citou que os produtores precisam prestar atenção nas demais doenças que são causas de redução na produtividade. "Se os produtores fizerem um bom controle, com orientação técnica de confiança, os lucros serão bem melhores no final da colheita", disse Forcelini, afirmando que a melhor maneira de manejar a ferrugem e as outras doenças, é o produtor fazer o monitoramente assíduo da sua lavoura no período de crescimento da soja, principalmente na fase que antecede a floração. Ele lembrou que, quando a soja estiver florescendo, na fase de fechamento de espaço entre uma linha e outra, o produtor deve entrar com aplicação dos fungicidas. "É a partir dessa fase que a ferrugem começa a aparecer, daí a necessidade da prevenção", contou.

Aplicações - Para o professor, nos últimos anos os melhores resultados, principalmente na última safra quando a ferrugem foi mais acentuada, foram com duas aplicações. Ele disse que o primeiro tratamento é no início da floração e a segunda aplicação de 20 a 25 dias após o primeiro tratamento, quando do início do processo de formação dos grãos. "É nesse período que a doença pode aparecer", afirmou.

Clima - Conforme o professor Carlos Alberto Forcelini, o clima atua diretamente no aparecimento da ferrugem da soja. "O clima que favorece a ocorrência da ferrugem e as doenças de final de ciclo é a presença de chuvas", disse ele, ressaltando que a chuva também favorece o desenvolvimento da cultura e que não dá para separar uma da outra. "A chuva é muito boa para as doenças, mas melhor ainda para a cultura", disse em tom de brincadeira, lembrando que a ferrugem e as outras doenças são perfeitamente controláveis.

Perdas - Ele também lembrou que na questão dos tratamentos, as misturas comerciais disponíveis e que trazem na sua composição a combinação de um triazol com estribirulina, permitem melhor controle desse complexo de doenças, ou seja, ferrugem, oídio e antracnose. Forcelini frisou que até a sua fase de floração a soja perde muito pouco por causa de doenças, mas que, a partir desta fase as perdas vão se acentuando cada vez mais, com uma perda média diária de pelo menos meio saco de soja por alqueire, entre o período de início de floração até o período de grão cheio. "Quando o produtor demora muito para tomar decisão com relação ao controle, além de estar correndo risco com a possível entrada da ferrugem na sua lavoura, ele está contabilizando uma perda de meio saco por dia em cada alqueire", disse, recomendando não retardar o tratamento da lavoura. (Imprensa Coagel)

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