COAGEL: Estiagem provocou perdas de até 30% nas lavouras de soja da região

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De acordo com levantamento do departamento técnico da Coagel, a estiagem que perdurou por quase um mês na região provocou prejuízos que vão dos 15% aos 30% nas lavouras de soja que estão sendo cultivadas na área de ação da Cooperativa. Na região do arenito foi registrada a morte das plântulas, sem chance de recuperação. Segundo o engenheiro agrônomo da Coagel, Élson Rosseto, a maioria dos produtores  optaram pelo plantio de soja precoce e a estiagem atingiu um período muito crítico das lavouras, ou seja, na fase de florescimento onde a mesma necessita de umidade para o seu desenvolvimento. "Essas lavouras tiveram prejuízos irreversíveis", disse Rosseto.

Alívio com a chegada da chuva - Conforme Élson Rosseto, as chuvas que caíram no meado desta semana foram de forma generalizada, porém oscilaram de 10 mm a 40 mm, aliviando o estresse hídrico das plantas e trazendo um novo alento aos produtores. "A chuva foi muito comemorada pelos agricultores e o momento agora é de voltar a investir, principalmente controlar as pragas e doenças", orienta o agrônomo da cooperativa, ressaltando que uma adubação suplementar via foliar neste período irá colaborar com o desenvolvimento das plantas.

Doenças - Segundo informa o departamento técnico da Coagel, com a volta das chuvas as doenças que estavam de certa forma camufladas, voltam ao seu processo de  disseminação de forma normalizada, necessitando do produtor uma maior atenção nas lavouras para que as doenças, principalmente a ferrugem,  não traga mais prejuízos econômicos. "O ponto estratégico da ferrugem atacar as lavouras é a fase de florescimento. Por isso nossa orientação para que o produtor vistorie toda a área e, no primeiro sinal, faça as aplicações recomendadas pela assistência técnica", recomenda Élson.

Pragas - De acordo com os técnicos da Coagel, este ano com o evento da estiagem, o percevejo apareceu mais cedo que a safra passada e as lagartas também já dão sinais de ataque. Para Élson Rosseto, o ideal é que o produtor faça a aplicação de inseticida junto com o fungicida com o objetivo de controlar tanto as pragas como as doenças. "Para que não haja desperdícios, os produtores precisam conversar com o técnico de confiança e definir o que é melhor para a lavoura neste momento", diz Rosseto, ressaltando que o produtor não pode "relaxar" agora que as chuvas estão entrando num processo de normalidade.

Milho foi o mais prejudicado - Conforme levantamento preliminar da Coagel, a cultura do milho foi mais prejudicada na região  que a soja, com prejuízos na ordem de 50% na produtividade das lavouras. "Sem dúvida, a lavoura mais atingida pela estiagem foi o milho, uma vez que 100% das lavouras estavam na fase de frutificação e passando para a fase de milho verde, e o evento climático danificou tanto a área foliar que parecia um milho geado", comentou o responsável técnico da Coagel. (Imprensa Coagel)

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