CLIMA: Previsão de El Niño fraco é má notícia ao campo

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Ainda não será desta vez: a previsão de baixa intensidade para o fenômeno climático El Niño nos próximos seis meses, poderá significar que o tempo continuará castigando a agricultura por mais uma safra. O especialista Luiz Renato Lazinski, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que participou do Encontro Cocamar de Produtores de Soja realizado na terça-feira (05/09) no Centro de Eventos Araucária, em Maringá, disse aos 800 agricultores e técnicos presentes que “pelo andar da carruagem, não haverá grandes mudanças em relação ao comportamento do clima nos últimos dois anos”. Segundo Lazinski, será um ano de neutralidade, ou seja, de pouca força para os fenômenos El Niño – caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Pacífico Sul – e La Niña, que promove justamente o processo inverso, de resfriamento. “A atividade mais intensa do El Niño traria um regime regular de chuvas para a região Sul do País”, comentou o meteorologista. Ele exemplificou que os anos de 2001, 2002 e 2003, que tiveram a presença do fenômeno, foram beneficiados “por um clima ideal”, que resultou em grandes safras.
  
Plantio - Para os meses de outubro e novembro, que é quando os produtores fazem a maior parte do plantio da safra de verão, a previsão é de chuvas levemente abaixo do normal. Para o mês de dezembro, precipitações dentro da média e, para janeiro, a estimativa é de 25% de diminuição das precipitações, considerando as médias históricas. De fevereiro a abril, a chuvas deverão situar-se abaixo da média. Lazinski alerta que não está descartada a ocorrência de veranicos, estiagens e extremos de temperaturas. “Possivelmente não teremos grandes estiagens como as que ocorreram este ano”, concluiu. (Imprensa Cocamar) 

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