CLIMA: Lazinski analisa condições de agosto e apresenta próximas tendências

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As precipitações ocorridas em agosto, a exemplo de julho, ficaram acima da média na maior parte do Paraná. Os maiores volumes de chuva foram observados na região dos Campos Gerais. A exceção foi o do norte do estado, onde as precipitações ocorreram dentro do normal para a época do ano. As chuvas continuam seguindo o mesmo padrão irregular dos últimos meses, intercalando períodos curtos com chuvas intensas, seguidos de períodos maiores sem precipitação. Duas frentes frias, que passaram pelo estado, concentraram as chuvas, uma no início do mês e outra na última década de agosto. Os acumulados variaram de 240 mm na região central a 40 mm no norte do estado.

 

Temperaturas - As temperaturas apresentaram valores próximos à média histórica, mas continuam com variações extremas, ou seja, períodos de temperatura acima da média para época do ano, intercalado com períodos de temperaturas muito baixas. As duas frentes frias que passaram pelo estado foram seguidas por massas de ar frio muito intensas, que provocaram quedas acentuadas de temperatura. A primeira, no início do mês, provocou geadas generalizadas em grande parte do estado e a segunda, que chegou nos últimos dez dias do mês, também registrou temperaturas abaixo de zero, com formação de geadas em grande parte do estado.

 

Condições globais - As condições climáticas globais praticamente não apresentaram mudança significativa, em relação ao mês de julho. As águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, continuam com temperaturas superficiais dentro da normalidade nas regiões central e oeste do Oceano, mantendo assim, uma situação de neutralidade dos fenômenos climáticos, conforme podemos observar na figura 01.  Os prognósticos climáticos de longo prazo, continuam indicando para os próximos meses, que a evolução das anomalias das temperaturas superficiais do oceano,  tendem a uma condição de normalidade ou, muito próxima a esta. Sendo assim, a tendência para os próximos meses é de continuidade desta situação de neutralidade (nem El Niño e nem La Nina).

 

Tendência - Os prognósticos de mais longo prazo, observados na figura 02, continuam com tendência do retorno de uma “La Niña” fraca, no início do próximo ano. Assim, o final do inverno e primavera indicam que as chuvas devem ocorrer de forma mais constantes e abundantes, devendo ficar acima da média. Vale salientar que nossa primavera é uma estação muito chuvosa, sendo que nesta, as chuvas devem ficar acima da média. A ocorrência de queda de granizo é maior em anos como este, em que estamos numa situação de neutralidade climática.

 

Extremos - As temperaturas devem continuar apresentando os extremos observados nos últimos meses, intercalando períodos um pouco mais quentes para a época do ano com quedas acentuadas de temperaturas devido à entrada de massas de ar frio muito intensas. Durante o mês de setembro, ainda podem ocorrer formação de geadas, nas áreas mais altas do estado. (Luiz Renato Lazinski / Meteorologista INMET/Mapa)

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