CLIMA: Lazinski analisa condições climáticas e tendências para os próximos meses

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As precipitações ocorridas em julho ficaram acima da média em todo o Paraná, porém, continuaram seguindo o mesmo padrão irregular dos últimos meses. As chuvas concentraram-se mais no início e final do mês. O maior volume de precipitação ocorreu no final de julho e início de agosto, devido à presença de uma frente fria que ficou estacionária sobre a Região Sul do Brasil durante alguns dias. Neste período, os acumulados passaram dos 200 mm na região central do estado e dos 100 mm nas demais regiões do Paraná.

Temperaturas - As temperaturas observadas também apresentaram valores um pouco acima da média em todo o estado. Durante o mês de julho observamos os extremos de temperatura se acentuando, períodos de temperatura acima da média para época do ano, intercalados com períodos de temperaturas muito baixas. Os dez primeiros do mês foram marcados por temperaturas muito baixas, devido à presença de massas de ar frio, que predominaram sobre a Região Sul do Brasil, registrando mínimas abaixo de zero e formação de geadas, principalmente no centro-sul e sudoeste do Paraná. Após a passagem das massas de ar de origem polar, a massa de ar mais quente e seca da região central do Brasil passou a influenciar o clima no estado, elevando as temperaturas e deixando o clima mais seco. A chegada de uma nova frente fria, no final do mês, provocou outra queda acentuada nas temperaturas.

 

Clima no mundo - As condições climáticas globais seguem mostrando que o comportamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial encontram-se dentro da normalidade nas regiões central e oeste do Oceano, configurando, assim, uma situação de neutralidade dos fenômenos climáticos, conforme podemos observar na figura 01.  Os prognósticos climáticos de longo prazo continuam indicando para os próximos meses que a evolução das anomalias das temperaturas superficiais do oceano tendem a uma condição de normalidade ou muito próxima a esta. Sendo assim, a tendência para os próximos meses é de continuidade desta situação de neutralidade (nem El Niño e nem La Niña).

 

 

Longo prazo - Segundo os prognósticos de mais longo prazo, observados na figura 02, alguns Centros de Previsão Climática já admitem a volta de uma "La Niña" fraca, no início do próximo ano. Com isto, a previsão climática para a estação inverno/primavera continua mantendo chuvas dentro da média para o mês de agosto, mas com distribuição ainda muito irregular. A partir da primavera, as chuvas devem ocorrer de forma mais constantes e abundantes, devendo ficar acima da média. Vale salientar que o mês de agosto, no Paraná, é um dos meses menos chuvosos e que nossa primavera é uma estação muito chuvosa, sendo que nesta, as chuvas devem ficar acima da média. A ocorrência de queda de granizo é maior em anos como este, em que estamos numa situação de neutralidade climática.

 

 

Extremos - As temperaturas devem continuar apresentando os extremos observados nos últimos meses, intercalando períodos um pouco mais quentes para a época do ano com quedas acentuadas de temperaturas, devido à entrada de massas de ar frio muito intensas. Durante os meses de agosto e setembro devem ser observadas formação de geadas nas áreas mais altas do estado. (Luiz Renato Lazinski/ Meteorologista / INMET/Mapa)

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