CLIMA: Lazinski analisa condições climáticas e apresenta próximas tendências

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Durante o mês de setembro, as precipitações continuaram seguindo um padrão muito irregular. Diferente dos últimos dois meses, em que observamos precipitações acima da média, as chuvas ocorridas no mês ficaram abaixo da média na maior parte do Estado. Somente no sul e sudoeste do Paraná as precipitações ficaram acima da média, onde os totais observados ficaram entre 150 e 200 mm, nas demais regiões os totais observados ficaram abaixo do normal para a época do ano, variando entre 50 a 100 mm na região central e oeste e de 20 a 40 mm no norte do Estado. Estas chuvas foram causadas pela passagem de duas frentes frias que passaram pelo estado, no decorrer de setembro, uma entre os primeiros dez dias e a outra no final do mês.

 

Temperaturas - Setembro começou com temperaturas muito baixas. Apesar de apresentarem valores próximos à media histórica, continuamos observando variações extremas, ou seja, períodos de temperatura acima da média para época do ano, intercalado com períodos de temperaturas muito baixas.

 

Mudança importante - As condições climáticas globais observadas no último mês começaram a apresentar uma mudança importante na configuração das temperaturas da superfície do mar, no Oceano Pacífico Equatorial, em função do reaparecimento de algumas áreas com anomalias negativas, conforme podemos observar na figura 01. Porém, na maior parte do Oceano Pacífico Equatorial, as águas superficiais ainda continuam com temperaturas superficiais dentro da normalidade, mantendo, assim, uma situação de neutralidade dos fenômenos climáticos. O reaparecimento de áreas com anomalias negativas e os prognósticos climáticos de longo prazo, indicando para os próximos meses uma evolução das anomalias negativas das temperaturas superficiais do oceano, sugere o retorno do fenômeno climático “La Niña”, já no final da primavera e verão, como podemos observar na figura 02.

 

Prognósticos - Seguindo as tendências climáticas, os prognósticos indicam que as precipitações devem ocorrer de forma mais constantes e abundantes, devendo ficar acima da média durante o mês de outubro, no centro-sul do Brasil. A partir de novembro, as precipitações devem apresentar uma distribuição mais irregular e, com o retorno do “La Nina”, a tendência é de que o verão deve apresentar chuvas com distribuição mais irregular e abaixo da média. A ocorrência de queda de granizo é maior em anos como este, em que estamos passando por uma situação de neutralidade climática.

 

Extremos - As temperaturas devem continuar apresentando os extremos observados nos últimos meses, intercalando períodos um pouco mais quentes para a época do ano com quedas acentuadas de temperaturas devido à entrada de massas de ar frio muito intensas.  (Luiz Renato Lazinski, Meteorologista INMET/Mapa)

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