CLIMA: Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses

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Durante o mês de outubro, as precipitações apresentaram volumes entre a média e ligeiramente acima da média no Paraná. Nas áreas mais ao sul do estado foram observados os maiores volumes de precipitação, enquanto, nas regiões mais ao norte as precipitações ficaram entre e média e ligeiramente abaixo da normal para a época do ano. As precipitações também apresentaram dois comportamentos diferentes ao longo do mês, na primeira quinzena, as chuvas ficaram abaixo da média em todo o estado, além de apresentarem uma distribuição muito irregular, já na segunda quinzena as precipitações apresentaram volumes bem mais abundantes com uma melhor distribuição. Na região Sul do Brasil, o R.Grande do Sul, foi o estado que registrou os maiores volumes de precipitação, ficando bem acima da média histórica. A regularidade das chuvas na região Sul ao longo do mês, vem contribuindo para manter em bons níveis a umidade do solo, favorecendo o bom desenvolvimento das lavouras na região. Nas regiões Sudeste, Centro-oeste e nas áreas produtoras de grãos do Nordeste, as chuvas continuam muito atrasadas e abaixo da média na maior parte destas áreas, acentuando a deficiência hídrica no solo e consequentemente, atrasando o início do plantio da safra de verão.

Temperaturas acima da média - As temperaturas mantiveram-se ligeiramente acima da média na maior parte de outubro, em todo estado do Paraná e centro-sul do Brasil. O comportamento da temperatura, intercalando períodos quentes com quedas bruscas de temperatura, é típico de primavera. Vale ressaltar a onda de calor que atingiu a região Sul do Brasil no final do mês, onde em algumas  localidades foram observados recordes de temperatura máxima.

Mudança de padrão - Durante o último mês, observamos uma mudança no padrão do comportamento da evolução das temperaturas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Estas temperaturas superficiais que vinham numa tendência de aquecimento, mudaram o padrão no último mês e apresentaram uma pequena queda, mostrando assim uma diminuição das condições para o desenvolvimento do “El Nino”. Ainda há um predomínio de águas mais quentes, no Oceano Pacífico Equatorial, mas já começam a aparecer alguns núcleos com águas mais frias nesta região. Estas condições, aliadas a outras variáveis climatológicas, continuam indicando uma situação de neutralidade climática (nem “El Nino” e nem “La Nina”). Os prognósticos dos modelos climáticos globais, mudaram um pouco a tendência que vinham mantendo nos últimos meses, que era o desenvolvimento de um fenômeno climático “El Nino” de fraca intensidade, para uma condição de neutralidade climática nos próximos meses.

Chuvas - Conforme a análise dos modelos de prognóstico climáticos, continua tendência de precipitações com volumes dentro da média histórica para o  centro-sul do Brasil, durante a primavera, porém, a distribuição das precipitações deve ocorrer de forma irregular, intercalando períodos curtos com muita chuva com  períodos maiores com pouca ou nenhuma precipitação, devido a continuidade de uma situação de neutralidade climática. A umidade no solo, que recuperou a capacidade hídrica ao longo do último mês, deve manter as condições normais no decorrer do próximo mês, favorecendo o bom desenvolvimento das lavouras. Para as regiões Centro-oeste, Sudeste e áreas produtivas do Nordeste, as chuvas que estão muito atrasadas e irregulares, devem voltar ao normal, no próximo mês de novembro.

Observação continua - Com relação às temperaturas, os prognósticos indicam que devemos continuar observando estas variações ocorridas nos últimos meses, intercalando períodos um pouco mais quentes, com quedas acentuadas de temperatura, devido a incursões de massas de ar frio, principalmente no centro-sul do Brasil. (Luiz Renato Lazinski/ Meteorologista/INMET/Mapa)

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