Sistema Ocepar realiza discussão sobre assédio
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Incentivar boas práticas e reforçar o código de ética profissional. Foi com esse intuito que o Sistema Ocepar começou, nesta segunda-feira (21/10), o Treinamento sobre Assédio Moral e Sexual. A iniciativa contou organização da Cipaa e da Gerência de Integridade.
O evento foi realizado de forma online, através do Microsoft Teams. O superintendente do Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR), Leonardo Boesche, reforçou a relevância do tema. “É um assunto sensível e muito importante. Precisamos tratar do tema, por ser condizente com um ambiente de trabalho de qualidade e com o que as cooperativas exigem de nós.”
O consultor em compliance e vice-presidente de Fiscalização Ética e Disciplina do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Luiz Fernando Nóbrega, foi o palestrante do evento. “Quando vemos que assédio é uma preocupação da presidência e da diretoria, isso nos dá um conforto de que o tema é tratado com seriedade pela instituição. Nossa missão é fazer o assunto mais conhecido, principalmente pela relevância que tem”, afirmou.
Como entender os limites
O consultor deu início à sua fala apresentando uma definição para o que é ética: “dentro de uma instituição, a gente precisa maximizar a convivência pacífica das pessoas em um mesmo ambiente, nem que para isso a ética tenha que ser codificada, dentro de um código de conduta”.
O palestrante esclareceu que cada pessoa é formada a partir de valores muito particulares de família, religião, amigos e, por isso, é necessário entender limites para uma convivência harmoniosa no trabalho. Ele sugeriu fazer sempre três perguntas prévias “eu quero, eu posso, eu devo?” para nortear ações ou comentários profissionais.
Por definição, assédio moral é uma conduta abusiva, intencional, frequente e repetitiva, que ocorre no meio laboral, com intenção de humilhar e ridicularizar pessoas. Essa atitude pode colocar em risco tanto a integridade pessoal, quando a profissional. O assédio pode ocorrer a partir de líderes com seus liderados, entre profissionais com cargos semelhantes (forma horizontal) e também de liderados para com seus líderes.
Algumas atitudes que podem caracterizar assédio: com frequência, ignorar a presença de um profissional, interromper sua fala ou evitar o diálogo; não repassar demandas para o profissional ou afastá-lo para ambientes inapropriados; ironizar, fazer gestor de desprezo, fazer insinuações desdenhosas, zombar de aspectos físicos ou deficiências, atribuir tarefas humilhantes; agressões físicas ou ameaças, gritar ao invés de falar, invadir ou contestar a vida privada de alguém; fazer piadas irônicas, elogios constrangedores, fofocas.
O profissional destacou que a cobrança de trabalho não é assédio, a não ser que ocorra de forma desrespeitosa. “Estabelecer metas, atribuir novas tarefas aos subordinados, fazer críticas construtivas e avaliações de desempenho não são ações consideradas assédio. Isso faz parte do ambiente profissional, desde que a postura seja respeitosa”, afirmou o palestrante.
O consultor encerrou o encontro com uma provocação: “Nosso papel não é não apenas não assediar, é sermos vigilantes, personagens que atuem na prevenção, que atuem na detecção dessas posturas”. Na próxima quarta-feira (23/10), a palestra terá como foco o Assédio Sexual. O evento também será realizado de forma online.