CEVADA II: Alta rentabilidade atrai produtor

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Filho de imigrantes suábios, como a maior parte dos moradores de Entre Rios, Karl Milla cultiva cevada junto com o pai e o irmão em uma área de 1,3 mil hectares. A opção pelo cereal de inverno é feita pelo pai desde que iniciou as atividades na colônia, na década de 1950. O potencial produtivo maior que o do trigo e a consequente rentabilidade superior são fatores que levaram a família a manter e expandir a atividade.


Desafio - Mas Karl Milla lembra que o custo da cultura também é maior e que o desafio é a busca contínua por aumento de qualidade. ''A indústria cervejeira exige qualidade e, para isso, investimos em tecnologia com pesquisa e assistência técnica'', afirma. Em 2011, o produtor obteve produtividade média de 4,6 mil kg/ha, totalizando uma produção de aproximadamente 6 mil toneladas na última safra.


Venda - A comercialização é feita diretamente com a Cooperativa Agrária, que absorve a cevada para utilização como matéria-prima na Agromalte. ''Os produtores que têm que vender por conta, enfrentam dificuldade de comercialização'', alega. Segundo ele, na última safra, a tonelada de cevada padrão foi comercializada a R$ 515, sendo que o valor pode variar conforme a qualidade.


Evoluções - O agricultor avalia que desde 1999, quando iniciou o trabalho na lavoura, as principais evoluções ocorridas na cultura foram o desenvolvimento de variedades específicas para a localidade e de um pacote tecnológico que promoveu a adaptação do sistema produtivo para o atual modelo. Entre as características que ainda precisam ser aprimoradas, Karl Milla aponta o incremento da qualidade e o desenvolvimento de variedades que sejam mais produtivas e, ao mesmo tempo, menos suscetíveis a doenças e pragas.


Rotação de culturas - O produtor cultiva cevada no inverno, mas mantém um sistema de rotação de culturas completo, que envolve ainda o plantio de trigo, aveia, milho e soja. ''A rotação de culturas corta o ciclo das pragas e torna o sistema vantajoso. Contabilizo toda a produção e, se há algum prejuízo em uma cultura, a outra compensa'', argumenta Karl Milla, lembrando ainda dos benefícios agronômicos resultantes da rotação. As expectativas do produtor para as próximas safras são otimistas, com base no alto consumo brasileiro de cerveja e no crescimento do mercado de cervejas especiais. (Folha Rural / Folha de Londrina)

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