C.VALE II: Participação da mulher amplia-se na agricultura

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A participação da mulher em atividades não-domésticas vai além da ocupação de postos de trabalho. A presença feminina é notada em atividades que, há poucos anos, eram desenvolvidas exclusivamente por homens, como é o caso da produção agrícola. Na família Lazaretti, de Linha Cerâmica, interior de Palotina, as decisões sobre a produção de soja, milho e trigo são tomadas em conjunto por Angelina e pelo marido Abel. Ele faz questão de revelar que a esposa sempre o acompanha à C.Vale quando precisa tratar dos negócios agrícolas. Os dois costumam conversar bastante quando o tema é a venda da produção. "Se o marido está indeciso, o apoio da mulher ajuda. É mais fácil acertar quando se toma a decisão em conjunto", comenta Angelina. Ela conta que é responsável pela movimentação financeira da família junto aos bancos.

Cursos - A participação nas atividades agrícolas não impede Angelina de ocupar-se com atividades tipicamente femininas. Além de cuidar da limpeza da casa e da alimentação, ela não deixa de aproveitar cursos e eventos promovidos pela C.Vale para as esposas de associados. Técnicas para produção de artesanato e culinária estão entre as ações preferidas de Angelina. "A gente sempre pode aprender alguma coisa a mais. Você descobre coisas diferentes para a vida doméstica e para o seu dia-a-dia", assegura.

Flores - Em uma propriedade espaçosa e arborizada a dois quilômetros do centro da cidade, Angelina Lazaretti faz questão de mostrar seu lazer preferido: a produção de orquídeas. As flores são cultivadas em ambiente protegido por uma tela de sombrite onde aproximadamente 800 plantas recebem cuidados dia sim, dia não. "Isso aqui fica muito bonito em agosto e setembro, fica tudo florido", diz, orgulhosa, mostrando que a mulher não precisa abandonar suas atividades preferidas para ocupar-se com trabalhos historicamente desempenhados por homens.

Origem - O 08 de março, Dia Internacional da Mulher, simboliza todo o poder feminino no mundo. Mas essa data foi marcada por muita luta e dor.  Há 151 anos, 129 operárias morreram em uma greve nos Estados Unidos. Patrões e policiais colocaram fogo na fábrica têxtil onde as mulheres estavam trancadas, após protestarem contra a jornada de trabalho de 16 horas e por melhores salários. Muita coisa mudou desde então. As histórias e as conquistas se multiplicam, mas ainda há muito por fazer.

Conquistas - No Brasil, até 1879, as mulheres eram proibidas de freqüentar cursos de nível superior e, durante boa parte do século 19, só poderiam ter educação fundamental. O direito a escolher os próprios governantes foi dados as mulheres, no Brasil em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas. Dos 4.415 empregados da C.Vale 1.721 são mulheres (40%) (Imprensa C.Vale)

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