Brasil entre as grandes seleções da agricultura

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Atualmente o Brasil é uma potência agrícola. Em 2005 avançamos um pouco mais nessa direção mas, nesse jogo, ainda temos muito que aprender. O campeonato mundial de produtos agrícolas é muito competitivo. Quando o assunto é futebol, o Brasil é admirado e temido, e é claro, todo mundo quer ganhar da gente. Na agricultura, não é muito diferente. Nós também entramos em campo com uma seleção de primeira. Veja a escalação dos nossos craques em comércio exterior: Soja, Café, Suco de laranja, Açúcar, Álcool, Celulose de eucalipto, Fumo, Carne de suíno, Carne de frango, Couro e Carne bovina. O problema é que a manutenção dessa liderança não é nada fácil. Quanto melhor o nosso desempenho no mercado externo, maior a cobrança sobre a qualidade dos produtos, sobre a saúde dos animais, a relação com os trabalhadores, com o meio ambiente, ou seja, o líder precisa ter responsabilidade. Entre as carnes, o frango foi o que trouxe mais divisas para o país em 2005: U$S 3,2 bilhões. Um dos principais motivos pra isso foi a gripe aviária, que atingiu a Ásia. Países como a Tailândia, sacrificaram parte de suas criações, isso abriu mercados para o nosso frango. Mas a gripe também trouxe novas responsabilidades. Com medo da doença, a granjas brasileiras redobraram as medidas de prevenção. O que era normal nas granjas matrideiras, passou a ser adotado também nas áreas de produção. Agora, os veículos são higienizados na chegada e na saída. Para entrar nos aviários é preciso pisar em produtos desinfetantes.

Carnes - Novos mercados no exterior levaram os criadores a investir na ampliação das granjas. Áreas de produção foram abertas em Mato Grosso e São Paulo. “Nós acabamos o ano com 10% de aumento da produção de carne de frango e nós fechamos o ano com 17% de aumento das exportações”, diz Érico Pozzer, presidente da Associação Paulista de Avicultura. O suíno também brilhou na exportação. A receita passou de U$S1 bilhão, 50% a mais do que no ano anterior. Criadores dizem que dá um lucro razoável, dá pra pagar o investimento e sobra alguma coisa. Leite, outro produto que ganha destaque na balança comercial. O Brasil, que sempre foi grande importador, virou o jogo. Em 2005 as exportações passaram dos U$S 100 milhões, 37% a mais do que no ano anterior. A carne bovina também teve aumento na exportação. Mas o setor atravessou o ano com vários problemas, como o surgimento de focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul e suspeitas no Paraná. Por causa dos focos da aftosa, 50 países decretaram restrições à compra da carne brasileira. Um grande prejuízo para imagem do país. “As coisas estão virando contra nós, o mundo está de olho está de olho em nós. Nós estamos incomodando o mundo pelo tamanho que nós estamos ocupando no mercado internacional”, explica Laucídio Coelho Neto, presidente da Acrissul. As fronteiras secas também preocupam. No final de novembro, Brasil e Paraguai assinaram um convênio. Numa faixa de 25 km de cada lado da fronteira, todo rebanho deverá ser registrado e haverá um plano de vacinação conjunta. (Cocamar Notícias)

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