BIOTECNOLOGIA: Transgênicos já representam 42% da área de soja no Brasil

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Os agricultores brasileiros estão cada vez mais interessados nos avanços da biotecnologia, e hoje o País é o que tem o maior ritmo de adesão aos transgênicos no mundo. Nos últimos dois anos foram adicionados 4,4 milhões de hectares de lavouras geneticamente modificadas, segundo levantamento do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA), citado pela Agência Estado. Na safra 2005/06, a área de soja transgênica ocupada no Brasil foi de 9,4 milhões de hectares, de acordo com o ISAAA. Esse número mostra que dos 22,22 milhões de hectares cultivados com soja na safra passada 42% já são de variedades transgênicas.

Previsão - A tendência de expansão do cultivo de  transgênicos será mantida para o próximo plantio, pois é considerada como uma das melhores alternativas para reduzir custos e enfrentar a crise que atinge o agronegócio nas duas últimas safras, quando o agricultor se viu obrigado a economizar nos gastos com insumos para se manter na atividade. Qualquer redução de custos hoje é bem-vinda pelos produtores, uma vez que as promessas de investimentos em logística não saem do papel, o dólar se mantém pouco atrativo para as exportações e o preço do petróleo se mantém em níveis superiores a US$ 70 o barril. Levantamentos não oficiais apostam que a soja geneticamente modificada deverá ocupar pelo menos metade da área semeada com o grão na próxima safra, motivada pela falta de sementes convencionais, que foram prejudicadas pelo clima, especialmente no Mato Grosso.

CTNBio - A soja RR e o algodão BT são as únicas culturas geneticamente modificadas autorizadas a serem plantadas comercialmente, mas não serão as únicas a ampliarem seu espaço. Mesmo que o cultivo de outras variedades algodão e milho signifique estar na ilegalidade, muitos agricultores garantem que precisarão plantar outras culturas transgênicas para se manter na atividade. A exemplo do que ocorreu no caso da soja, espera-se que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovem o cultivo comercial do algodão RR. A justificativa dada é que não faz sentido o Brasil proibir ou mesmo querer destruir o algodão transgênico cultivado de maneira irregular e ter que importar a pluma ou o óleo de caroço de algodão de outros países nos quais os organismos geneticamente modificados são liberados. (Imprensa Faep)

Tecnologia - Sacoman enfatiza, no entanto, que o produtor precisa investir em tecnologia para garantir produtividade. Se ele chegar a 140 sacas por alqueire – volume comum na região quando o tempo é mais favorável - o custo médio será de 63 sacas, o que resultará em uma sobra de 78 sacas por alqueire. Neste caso o resultado pula para R$ 2.067,00/alqueire, ou seja, 30% a mais que no primeiro caso, com investimento de apenas 19% a mais. “Levando em conta a tecnologia empregada e também a normalidade do clima, a soja apresenta potencial genético de produtividade superior a 150 sacas por alqueire”, completou o coordenador. (Imprensa Cocamar)

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