AVICULTURA II: Paraná acelera projeto de integração

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O setor avícola do Paraná quer acelerar seu projeto para verticalizar a produção de aves no Paraná, estendendo ao produtor de milho o mesmo sistema de integração adotado para os criadores de frango de corte. Esperam assim, evitar prejuízo pela escassez de milho, que representa 62% da ração para aves.  A estratégia está sendo conduzida pelo Sindicato das Indústrias dos Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) e foi apresentada ontem (28/11) no IV Evento Técnico da Unifrango, em Maringá (PR). Além disso, o Sindiavipar quer manter um canal de relacionamento com players mundiais para equilibrar o negócio do milho e centralizar a compra do cereal para a produção paranaense.

Rede de relacionamento - Segundo o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, o mapeamento de players no mercado internacional é estratégico como alternativa para que as grandes crises não tragam impactos na avicultura local: "Ao criar uma rede de relacionamento com os fornecedores de milho no mundo, ampliam-se as opções para a compra do grão quando a oferta no mercado interno ficar escassa", diz. O próximo passo é identificar grandes players no mercado mundial de milho, criando um mercado regulador. Os primeiros países a serem mapeados serão Argentina e Paraguai. "Estamos nos prevenindo para não ter surpresas no futuro, evitando fornecedores só do Brasil".

Verticalização - Já o projeto de verticalização quer transformar pequenos e médios produtores, além das grandes cooperativas de milho, em produtores integrados às indústrias avícolas do Paraná "o que vai nos dar um canal direto para a comercialização do grão, trazendo vantagens ao produtor. Depois, a integração irá resultar na produção de um milho dirigido, nos padrões que a avicultura de corte exige, com um grão mais duro", disse Martins. Numa outra ação, a Unifrango Agroindustrial, por exemplo, que reúne 19 empresas avícolas do Paraná, pretende centralizar a compra de até 100 mil toneladas do insumo por mês. Pedro Henrique Oliveira, diretor executivo do grupo explicou que a operação segue algumas regras específicas, como contrato com garantia de fornecimento das cooperativas. (Gazeta Mercantil)

Conteúdos Relacionados