APASEM: AGO avalia setor de sementes

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Foi realizada ontem (11/03), em Curitiba, a assembléia geral ordinária da Apasem (Associação Paranaense de Produtores de Sementes e Mudas), na qual os associados avaliaram o desempenho do setor durante o ano e as principais ações da diretoria em defesa da classe produtora. A associação é integrada por mais de 80 produtores de sementes e mudas, entre os quais cooperativas. Seus associados têm 270 unidades de beneficiamento de sementes e 445 armazéns com capacidade de estocagem de 1.310.000 toneladas. Essas unidades podem beneficiar 8.600 toneladas/hora de sementes, cujo valor da produção, na última safra, se aproximou dos R$ 340 milhões.

 

Desempenho e pendências - Ao fazer uma análise do desempenho do setor aos associados presentes à assembléia realizada ontem, na sede da associação, o presidente Almir Montecelli afirmou que "apesar deste ser um bom ano para a agricultura em função dos preços das commodities e do comportamento do clima - o que beneficiou as principais safras paranaenses - chegamos em 2008 com uma pendência importante, que é a Resolução 102/2007, da Secretaria da Agricultura, que pretende estabelecer uma legislação específica sobre a comercialização de sementes". Segundo ele, a solução desse problema está, agora, na esfera judicial.

 

Redução da pirataria - Montecelli também afirmou que está havendo um maior amadurecimento entre os produtores paranaenses que compreendem as vantagens em cultivar sementes de qualidade, reduzindo a procura das sementes piratas não apenas porque a sua comercialização é um ato ilícito, mas também pelo fato dessas sementes serem menos produtivas e, por isso, derrubaram a produtividade nas regiões onde foram adotadas. "O pretenso milagre se transformou em algoz do agricultor, reduzindo a produtividade de 2.395 kg/hectare na safra 2000/01 para 1.400 kg/hectare na safra 2003/04. Os estudos mostram que quanto maior o índice de sementes legais plantadas, maior é a média da produtividade, variando de 32 sacas/hectare onde mais se praticou a ilegalidade até 44,9 sacas/hectare onde o índice de uso de semente pirata é mais baixo", frisou.

 

Importância da organização - Em sua mensagem aos associados, o presidente Almir Montecelli lembrou que ao longo de quase 37 anos de atuação, "a Apasem se estruturou e se organizou para defender os legítimos interesses dos seus associados. Somos um setor que se fortaleceu graças à capacidade de se organizar em torno de interesses comuns. Iniciativa privada, cooperativas e organizações de representação tiveram capacidade de ver, acima dos interesses comerciais individuais, o interesse coletivo que nos mantém coesos e fortes", afirmou. Montecelli avalia, ainda, que a superação da fase de desconfiança na produção e cultivo de sementes geneticamente modificadas é uma questão de tempo.

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