AGROLEITE II: Roraima quer criar gado holandês

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O presidente da Fundação de Tecnologia e Meio Ambiente de Roraima (Ambtec), Venceslau Braz de Freitas Barbosa, visitou o Agroleite 2006 e participou das palestras técnicas. Ele quer levar a tecnologia desenvolvida na pecuária de leite, na Castrolanda, para o Estado de Roraima. "Minha visita aqui é para levar conhecimento dessa realidade, dessa tecnologia. Eu posso falar que nós lá estamos no terceiro mundo leiteiro. Aqui é o primeiro mundo. Estive na Alemanha há uns dois anos e não é igual aqui. O Agroleite está muito na frente, muito avançado. Não esperava encontrar tanta tecnologia e um sistema tão avançado. O setor produtivo é organizado, através de cooperativas. Vários produtores estão vinculados na agricultura familiar, isso é interessante. É uma coisa que não temos lá. Vamos tentar trazer no ano que vem um grupo de produtores para conhecerem de perto essa tecnologia para levar para lá", conta. Ele conversou com algumas empresas da região e com diretores da Castrolanda. "Vamos tentar fazer um projeto pequeno para atender cerca de 40 produtores de Roraima. Conversamos também com expositores aqui do Agroleite e pretendemos investir cerca de R$ 2 milhões, financiados pelo Banco da Amazônia", revela Barbosa.

Investimentos - Roraima quer investir em tecnologia para a produção de leite. O presidente da Ambtec participou do 2º Simpósio Internacional de Pecuária Leiteira no Agroleite e soube que é possível criar gado holandês em sua região. "Vamos testar o gado holandês lá. Conversamos com o superintendente da Associação Paranaense dos Criadores de Bovino da Raça Holandesa (APCBRH) e ele nos incentivou. Na palestra, o americano (Robert Kaiser) disse que na Flórida a temperatura está entre 30 a 32ºC e deu exemplo de uma região a oeste dos Estados Unidos, onde o clima está em 12ºC e a produção é grande. Roraima está em torno de 27 a 35 graus, pode ser que seja possível criar gado holandês lá, vamos tentar", confirma. Barbosa conta que em Roraima os produtores se organizam por associações. "No passado, a imagem de cooperativismo foi negativa. Pessoas chegaram a Roraima com uma idéia distorcida de cooperativa, com efeito ilícito de enriquecer a custa de leigos. Então, hoje, formamos associações pequenas com 30 a 40 produtores", diz. A idéia de Barbosa é levar a experiência da Castrolanda para Roraima. "Queremos adaptar uma realidade diferente, mais moderna. Aqui a experiência é de 50 anos. Hoje, o melhor leite do Brasil está aqui. Nós não queremos levar os 50 anos da Castrolanda para lá. Queremos levar esse modelo atual daqui para Roraima e trabalhar em um curto espaço de tempo, adaptando 50 anos em um período de cinco a 10 anos", conta. 

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