AGRICULTURA: Commodities são fonte de renda para 70% da população mundial

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Mais de 70% da população mundial depende do cultivo de commodities para sobreviver. Etiópia e Uganda, por exemplo, têm mais de 50% das exportações resultantes da venda do café. A banana gera 25% das receitas do Equador, enquanto Costa do Marfim e Gana conquistam 25% do mercado internacional com o cacau. Os dados são do Common Fund for Commodities (CFC - Fundo Comum de Produtos de Base) que promove pela primeira vez no Brasil, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a conferência internacional Global Initiative on Commodities (Iniciativa Global de Produtos de Base). A dependência dos países em desenvolvimento do cultivo de commodities como fonte de geração de divisas será um dos temas da conferência, que acontece entre os dias 7 e 11 de maio no hotel Blue Tree Park, em Brasília. Cerca de 80 comitivas oficiais devem participar do evento, além de integrantes de movimentos sociais, organizações públicas governamentais e não-governamentais, associações, universidades e setor privado. “Produtos primários e pobreza são dois assuntos interligados, e não é possível resolver o problema do desenvolvimento mundial e a redução da miséria sem antes lidar com as questões das commodities, já que 70% da população do mundo dependem do seu cultivo”, afirmou o diretor-geral do CFC, Ali S. Mchumo.

Exportação - Segundo o CFC, embora haja progresso na diversificação dos produtos exportados e no aumento do raio de alcance das estruturas econômicas nacionais, 86 do total de 144 países ainda têm metade do seu lucro baseado na exportação de commodities, número que se manteve constante nos últimos dez anos. Além disso, conforme o Common Fund for Commodities, grande parte dos resultados provêm de uma só fonte de produtos primários e para 55 países três produtos são responsáveis por mais da metade dos lucros dos negócios. A lei da oferta e da procura, queda do lucro e da parcela do mercado dos países produtores e o preço desconexo entre produtores primários e consumidores finais são citados pelo CFC como itens importantes a serem trabalhados para mudar este cenário. Por fim, o organismo internacional aponta como gargarlo as restrições que os países em desenvolvimento enfrentam para diversificar sua economia. (Mapa)

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