AFTOSA:Laudo sobre fazenda deve sair em breve

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O laudo do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e da Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) que avalia o impacto ambiental na Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira (47 km ao sul de Cornélio Procópio) deve ser emitido neste sábado (07/01). O documento, feito a pedido da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab), irá avaliar os danos ambientais na propriedade, caso os 1,8 mil bovinos sejam enterrados no local. A fazenda foi apontada pelo Ministério da Agricultura (Mapa) no início do mês passado com um foco de febre aftosa. A preocupação dos proprietários é que o enterro dos animais contamine o manancial da propriedade, que tem 22 represas e várias minas d'água espalhadas por 46 alqueires. Os recursos hídricos abastecem as famílias que moram no local, cerca de 70 pessoas, o gado e ainda são utilizados para irrigação. Na última sexta-feira, técnicos do IAP e da Sudersha observaram o desenho topográfico da propriedade. Nesta semana, os técnicos voltaram à fazenda e analisaram o grau de percolação e espessura do solo e a profundidade do lençol freático.

Exames - Técnicos da Seab, do Mapa e da Panaftosa (órgão internacional que monitora a incidência da doença na América Latina) recolheram ontem cerca de 280 amostras de sangue, para exames de sorologia, de bovinos da Fazenda Santa Izabel, em Grandes Rios (110 km ao sul de Apucarana). Ontem, a coleta teria sido feita nos animais da Cesumar, em Maringá. Hoje a visita seria em outras duas propriedades, localizadas em Amaporã e Loanda. Neste último município, seriam colhidos 290 amostras. Esses números teriam sido definidos por amostragem.

Suspeita - Essas quatro fazendas foram apontadas inicalmente com suspeitas de febre aftosa. No entanto, uma decisão da Justiça Federal de Londrina determinou a realização de novos exames. Essa nova coleta também atende a um protocolo único de estudo complementar firmado entre a Seab e o Mapa há duas semanas. Para o advogado dos pecuaristas Ricardo Jorge Rocha Pereira essas coletas não têm nenhum valor legal, uma vez que a Justiça teria determinado que um perito acompanhasse os trabalhos o que, segundo ele, não estaria ocorrendo. (Folha de Londrina)

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