A Biotecnologia revoluciona o campo

As pesquisas com biotecnologia, dando vida aos famosos e polêmicos milho Bte soja RR - que invadiram de vez as lavouras norte-americanas, para a surpresa de muitos, foram originárias das petúnias. Foram estas as primeiras plantas geneticamente modificadas em laboratório em 1982 por uma equipe da Monsanto, liderada pelo PhD Eric Sachs, que hoje é diretor da área científica da companhia. Iniciava-se assim uma nova era na agricultura mundial. A chamada revolução dos transgênicos teve seu impulso com a aprovação do uso da biotecnologia no campo por parte do governo norte-americano em 1995 e também da comercialização dos primeiros produtos geneticamente modificados patenteados pela Monsanto - a soja RR e o milho Bt - no ano seguinte.

EUA - O agricultor Gregory Guenthere a esposa Nancy, de Belleville, em Illinois (EUA), que tocam sozinhos uma área arrendada que soma 400 ha na região (50% soja e 50% milho), são apenas um exemplo entre os milhares de produtores americanos defensores da biotecnologia. Hoje, 100% da soja é RR e 80% do milho é Bt. O agroempresário, produtor de milho para exportação e sementes de soja, viu o rendimento médio alcançar um acréscimo de 8 sacos/ha. O plus não parou por aí. A tecnologia, no caso da soja RR, reduziu pela metade os gastos na aplicação de herbicidas. O custo despencou. Eu gastava entre 90 a 120 dólares por ha com a aplicação de herbicidas e, com a tecnologia RR, passei a ter um custo de 40 a 46 dólares por hectare, comparou. Menor custo que, associado ao crescimento da planta uniforme com controle perene e permanente de ervas daninhas, garante maior produtividade e rentabilidade da lavoura. Em um ano agrícola, os Guenther obtêm um lucro de 45 a 55 mil dólares. A expectativa para esta safra, semeada com recursos próprios e planejada pelo sistema de mapeamento por GPS desde a fertilização solo até a colheita, é obter 1,6 mil t de milho e 540 t de soja em função do clima. (Correio do Povo)