Palestra para funcionários do Sistema Ocepar estimula boas práticas de administração financeira

O Sistema Ocepar promoveu, nesta sexta-feira (05/09), o evento “Educação Financeira com olhar humano: entre números, emoções e hábitos”. A iniciativa da Gerência de Desenvolvimento Humano (GDH) do Sescoop/PR teve como objetivo apresentar à equipe da organização caminhos para decisões financeiras mais saudáveis. A programação incluiu debate sobre os fatores psicológicos ligados ao consumo e dicas práticas para gerenciamento das finanças.

Na abertura, o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, destacou que o evento marca o início de uma série de atividades para estimular o desenvolvimento técnico e emocional. “As empresas têm planejamento, mas as pessoas também precisam fazer o seu, especialmente em cenários de crise política como vivemos hoje a nível mundial. Quando descobrimos o nosso potencial, mudamos de patamar. Não há vento favorável para quem não tem um plano”, disse.

O superintendente do Sescoop/PR, José Ronkoski, agradeceu a adesão da equipe ao evento. "Tenho certeza que esse conhecimento será bem importante para o nosso dia a dia".

A coordenadora de Desenvolvimento Profissional Interno da GDH, Fabianne Ratzke, destacou que o tema está em alta e que foi escolhido para que os funcionários possam desenvolver a consciência financeira. “Acreditamos que a educação financeira impacta na vida pessoal e na vida profissional”.

Na primeira palestra, a psicóloga clínica Edilaine Hudzinski Monson apresentou dados da pesquisa sobre endividamento divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) em junho deste ano. De acordo com o estudo, 78,4% das famílias estão endividadas, e, desse total, 29,5% têm contas em atraso há mais de 30 dias. “Essa estatística se mantém estável ao longo dos anos, mas é um número muito elevado. Emocionalmente isso não é positivo”, explicou.

Esse desequilíbrio na vida financeira gera impactos não apenas na saúde mental, mas na produtividade no trabalho, além de gerar conflitos nos relacionamentos. Isso acontece porque cerca de 95% das decisões financeiras são emocionais, e dependem de fatores comportamentais, quem envolvem compras por impulso, comparação social e falta de planejamento.

De acordo com a psicóloga, saúde financeira é a capacidade de lidar com compromissos sem perder a qualidade de vida, com equilíbrio entre responsabilidades e bem-estar, espaço para lazer, descanso e projetos pessoais. “Autocontrole é liberdade. Pequenas mudanças vão gerar grandes resultados. Saúde financeira vai além de ter riquezas, é o equilíbrio das emoções associado aos hábitos conscientes”, concluiu.

O segundo palestrante foi o auditor do Banco Central, Elidecir Rodrigues Jacques, doutor em Desenvolvimento Econômico, que falou sobre a gestão de finanças pessoais. “Educação financeira possibilita realizar sonhos com planos concretos”, definiu.

Uma das estratégias de gestão é realizar um orçamento pessoal, ferramenta de planejamento para controlar receitas e despesas. Esse recurso ajuda conhecer a realidade financeira, definir prioridades e planejar os gastos. A palestra também abordou vantagens e desvantagens no uso do crédito, a administração de dívidas e os diferentes tipos de investimento.

Jacques apresentou ainda três ferramentas do Banco Central importantes para administração financeira: a Calculadora do Cidadão, que ajuda a simular cálculos de serviços financeiros com as taxas e indicadores do BC; Registrato, que permite acessar informações detalhadas sobre relações financeiras, como dados sobre contas bancárias e empréstimos, chaves Pix cadastradas e transações; e Cidadania Financeira, iniciativa que divulga informações e capacitação gratuita sobre o tema. 

FOTOS: Gisele Barão / Assessoria de Comunicação Sistema Ocepar