INDÚSTRIA: Produção cai em oito dos 15 locais pesquisados em novembro

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industria destaque 14 01 2022A produção industrial caiu em oito dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), na passagem de outubro para novembro, quando o índice nacional variou -0,2%. Os principais recuos foram em Amazonas (-3,5%), Ceará (-2,5%) e Rio de Janeiro (-2,2%), enquanto Mato Grosso (14,6%), Santa Catarina (5,0%) e Pará (3,5%) apresentaram as maiores altas.

Rio de Janeiro - A queda do Rio de Janeiro exerceu a maior influência negativa no resultado, após três meses de resultados positivos, período em que acumulou um ganho de 1,5%. “Essa queda é atribuída ao impacto negativo dos setores de derivados do petróleo, principalmente, de metalurgia e da indústria farmacêutica. O Amazonas é a segunda maior influência negativa, em função da queda do setor de bebidas, principalmente”, diz o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida.

Bahia - A Bahia, com queda de 1,7%, teve o terceiro maior peso, devido ao baixo desempenho do setor de celulose e de outros produtos químicos. A indústria baiana atinge essa queda depois de dois meses de resultados positivos, quando acumulou ganho de 5,4%”.

São Paulo - No campo positivo, na passagem de outubro para novembro, São Paulo lidera como principal influência positiva sobre o resultado nacional, com expansão de 1,0%. O resultado de São Paulo, que responde por cerca de 34% da produção industrial do país, deve-se ao bom desempenho do setor de veículos, que tem peso de 16,1% dentro da indústria paulista.

Crescimento - “Vale destacar que esse crescimento ocorre depois de cinco meses de resultados negativos em que São Paulo acumulou uma perda de 7,9%. O estado está 3,6% abaixo do patamar pré-pandemia e 25,1% abaixo do seu patamar mais elevado, atingido em março de 2011”, acrescenta Almeida.

Santa Catarina - Santa Catarina é a segunda maior influência positiva no resultado nacional com 5,0% de crescimento, baseado no impacto positivo dos setores de vestuário (bastante relevante na indústria catarinense) e de máquinas e equipamentos. A alta ocorre após dois meses de resultados negativos com perda acumulada de 6,3% no período. Com isso, o estado quase elimina as perdas de resultados anteriores.

Mato Grosso - Já Mato Grosso, com crescimento de dois dígitos, 14,6%, foi afetado positivamente pelo bom desempenho do setor de alimentos. Bernardo explica que algumas unidades produtivas importantes do setor de alimentos da indústria mato-grossense que estavam paralisadas voltaram a produzir, o que causou a variação elevada nos resultados do estado. Além disso, houve uma melhora nas exportações das carnes frente ao embargo chinês.

Acima do patamar pré-pandemia - “Vale destacar ainda os cinco estados que já estão acima do patamar pré-pandemia. Minas Gerais está 5,2% acima do patamar de fevereiro de 2020; Rio Grande do Sul está 3,9%; Mato Grosso e Santa Catarina, ambos com 3,3% acima; e Paraná com 1,8%”, destaca o gerente da pesquisa.

Acumulado do ano - No acumulado do ano, houve alta em nove dos 15 locais, com destaque para Santa Catarina (12,4%), Rio Grande do Sul (11,2%), Minas Gerais (10,9%) e Paraná (10,0%). Já o acumulado dos últimos 12 meses avançou em dez dos 15 locais pesquisados.

Em relação a novembro de 2020, dez locais tiveram queda - Na comparação com novembro do ano passado, dez dos 15 locais pesquisados apontando taxas negativas. As quedas mais intensas   na   Bahia (-15,7%), Amazonas (-13,0%), Ceará (-11,1%) e Região Nordeste (-10,5%).

Impacto - Bahia foi afetada pelos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias, metalurgia e celulose, papel e produtos de papel. Amazonas foi pressionado pelas atividades de bebidas, equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos; Ceará, pela queda na produção de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados e confecção de artigos do vestuário e acessórios; e a Região Nordeste, pelo recuo de veículos automotores, reboques e carrocerias e artefatos de couro, artigos para viagem e calçados.

Taxas negativas - São Paulo (-6,9%) e Pernambuco (-5,9%) também registraram taxas negativas mais intensas que a média nacional (-4,4%), enquanto Goiás (-3,9%), Santa Catarina (-2,6%), Paraná (-1,9%) e Minas Gerais (-0,6%) completaram o conjunto de locais com índices negativos.

Mais sobre a pesquisa - A PIM Regional produz, desde a década de 1970, indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação. Traz, mensalmente, índices para 14 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 1% no total do valor da transformação industrial nacional e, também para o Nordeste como um todo: Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e Região Nordeste.Os resultados podem ser consultados no Sidra. (Agência IBGE de Notícias)

FOTO: Cesar Duarte / Agência Petrobras

 

industria tabela 14 01 2022

 

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