Cocari fortalece educação cooperativista levando Programa Cooperjovem a mais escolas
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Em 2025, o Programa Cooperjovem continua seu papel fundamental na promoção da educação cooperativista em escolas parceiras da Cocari, indo além e envolvendo mais crianças, adolescentes e professores nos valores que sustentam o cooperativismo.
Inclusão de novos municípios
Este ano, a iniciativa cresceu substancialmente com a inclusão de novos municípios, como Cambira (PR) e Marialva (PR), o que ampliou seu impacto e alcance. “Com essa expansão, mais de 1.200 estudantes estão envolvidos, apoiados por mais de 80 professores comprometidos em levar os princípios cooperativos para o ambiente escolar”, destaca o supervisor de Cooperativismo da Cocari, Hugo Carnelossi.
O Cooperjovem está totalmente alinhado com o 5º princípio do cooperativismo, que prioriza a Educação, Formação e Informação. “O investimento na capacitação dos professores e a oferta de experiências práticas aos alunos são fundamentais para estimular a cooperação, solidariedade, cidadania e responsabilidade social. Além disso, o programa reflete o 7º princípio – Interesse pela comunidade – ou seja, conecta escola, família e sociedade”, salienta Hugo.
Ele ressalta a relevância do Cooperjovem para a formação das novas gerações. "O Cooperjovem fortalece a educação cooperativista, e a participação de novos municípios só valoriza ainda mais essa iniciativa", observa o supervisor.
Ambiente de aprendizado positivo
A secretária de Educação de Marialva, Rosi Maria Basseto Sena, destaca uma perspectiva rica e pessoal sobre o programa. Desde 2014, ela acompanha os eventos do Cooperjovem e sempre ouviu elogios sobre a sua eficácia. Ao assumir novos papéis na administração escolar, Rosi ficou satisfeita ao receber a proposta da Cocari para implantação do programa no município de Marialva. "Sempre ouvi falar muito bem do Cooperjovem e sentia a falta dele em nossa cidade", compartilha Rosi.
Ela aponta que é grande o entusiasmo entre os professores que participaram das formações, resultando em um ambiente de aprendizado positivo e motivador. "Minha nota para o Cooperjovem é 10", afirma, falando da alegria de ver um programa que realmente faz a diferença.
Na avaliação da secretária, a tendência é de que o Cooperjovem cresça ainda mais, integrando cada vez mais a comunidade em torno dos princípios cooperativistas. Apesar de ser o primeiro ano de atividades cooperativistas na grade curricular das escolas de Marialva, Rosi está animada. “Teremos bons resultados”, diz, confiante.
Expectativas e objetivos
A professora e coordenadora Maria Cristina Bressan Sanches conta que o projeto foi acolhido com entusiasmo, principalmente com o suporte da Secretaria de Educação (Seduc) de Marialva. As expectativas iniciais do programa eram promissoras: aprender algo novo, proporcionar momentos diferenciados aos alunos, desenvolver projetos que beneficiassem a comunidade e fomentar a colaboração entre pais e escola. “Isso é muito importante, visto que promove a ajuda mútua, faz ter percepção de valores e da importância de gestos que proporcionam melhores condições e resultados”, analisa.
Ela acrescenta que “o ato de desenvolver projetos faz com que nos aproximemos mais dos alunos, e isso torna a relação mais estreita, resultando na ajuda e cooperação entre ambos”, aponta.
Experiências marcantes
Entre as ações mais marcantes, Maria Cristina destaca as visitas e atividades práticas, experiências nas quais os alunos puderam se engajar de forma concreta, vivenciando cada etapa do processo, fortalecendo a união entre a escola, a família e a comunidade. “O Cooperjovem foi essencial para unir essas três partes, pois tudo que solicitamos às famílias foi atendido, e entre escola e alunos, tivemos mútua colaboração e integração”, destaca, enfatizando que, em equipe, cada um quer dar o seu melhor e colaborar uns com os outros.
Essa participação ativa facilita o aprendizado e fortalece o sentimento de pertencimento e colaboração entre todos os envolvidos.
A professora Edmara Gonçalves Raniel também compartilha sua perspectiva sobre o impacto positivo da iniciativa e seus valores. “O programa ensina valores como solidariedade, respeito, responsabilidade e trabalho em equipe e mostra que, quando todos colaboram, é possível alcançar resultados melhores. Além disso, prepara os jovens para agir de forma mais consciente e participativa na escola, na família e na sociedade”, comenta.
Ela observa que o programa influencia diretamente a vida pessoal dos estudantes, preparando-os para serem cidadãos conscientes. “Por meio dos projetos e atividades, os alunos se envolvem com temas que vão além da sala de aula e acabam levando esse aprendizado para casa. Isso faz com que as famílias participem mais da vida escolar e fortalece os laços entre todos”, completa.
Importância da capacitação
A capacitação recebida pelos educadores tem influenciado suas práticas pedagógicas, permitindo o planejamento de atividades com as novas metodologias propostas. “Passei a planejar atividades mais colaborativas, incentivando o trabalho em grupo e a tomada de decisões de forma conjunta. Além disso, aprendi novas metodologias que valorizam o protagonismo dos alunos e estimulam a participação ativa, tornando as aulas mais significativas e com maior engajamento”, ressalta.
De acordo com as educadoras, o resultado da nova abordagem foi visível, fazendo com que os alunos começassem a manifestar mudanças em suas atitudes em relação à solidariedade e ao trabalho em equipe.
Elas concordam que o conceito de cooperação foi assimilado no cotidiano escolar, reforçando os laços entre os alunos e entre a escola e suas famílias.
Reflexões dos estudantes
Da Escola Municipal Dr. Milton Tavares Pães, de Marialva, duas turmas estão realizando projetos do Cooperjovem, totalizando 42 alunos. Bárbara Bressa Moreira, do terceiro ano B, contou as experiências enriquecedoras que tem vivido em sala de aula, com os projetos desenvolvidos com o programa, que envolveu a visita ao comércio para cotação da caixa d’água para a escola, foco do projeto realizado pela turma. "Quando a gente viu a caixa d'água, eu vi que deu certo mesmo o nosso projeto", disse. Para ela, essa experiência ressaltou a importância da água em nossas vidas. "Sem água, a gente não pode viver", completa.
A interação com os colegas também trouxe benefícios. "Foi um ponto muito positivo, porque a gente pode fazer uma coisa em um grupo. Se a gente fizer sozinha, não dá certo. Se a gente fazer em grupo, dá certo", afirmou Bárbara, ressaltando que o trabalho em equipe é fundamental.
Ela ficou impressionada com a visita a lojas para entender os valores dos produtos. "A gente conseguiu saber mais das coisas", relatou. Além disso, a aluna valorizou a leitura dos materiais do programa: "O livrinho dá para a gente fazer várias leituras e jogos", apontou.
O aprendizado sobre cooperativismo também se destacou nas reflexões da pequena Bárbara. "Eu entendi que quando eu precisar, posso chamar várias pessoas para me ajudar a fazer o que preciso, porque sozinha vai ser muito difícil", disse ela, mostrando a importância dessa lição para seu futuro e sua visão otimista que inspira os colegas a contribuírem para um ambiente colaborativo e de aprendizado.
A consciência do êxito do projeto
O estudante Yan Noah Gomes Borges, do terceiro ano C, também destacou as visitas ao depósito e à Prefeitura como experiências positivas vivenciadas durante as atividades do Cooperjovem. No depósito de material para construção fizeram muitas perguntas sobre os preços dos produtos e na Prefeitura entregaram um ofício à prefeita. Mas a sequência dessas visitas teve significado especial. “A entrega da caixa d’água na escola foi marcante, porque a gente viu que nosso projeto está indo pra frente”, disse.
Essa realização trouxe um senso de êxito e reforçou a importância do trabalho conjunto. “Em equipe a gente aprende a cooperar um com o outro", apontou Yan.
O aprendizado sobre cooperativismo apresentou aos alunos a percepção da colaboração, que vão levar para suas vidas. “O trabalho em equipe serve para todo mundo aprender, para no futuro ensinar para os outros", declarou Yan.
Sobre as interações com outros alunos, ele notou um impacto positivo. “Fizemos muitas perguntas legais". Esse detalhe demonstra o envolvimento e a curiosidade dos estudantes. Essas experiências moldam a visão das crianças sobre o cooperativismo, preparando as novas gerações para um futuro mais colaborativo e solidário. (Assessoria de Imprensa Cocari)