VISITA TÉCNICA A ARGENTINA

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Os 45 técnicos das 25 cooperativas que realizaram viagem técnica à área agrícola do Pampa Úmido da Argentina na semana passada voltaram impressionados com as vantagens dos produtores de soja daquele país sobre outros concorrentes. O engenheiro agrônomo Robson Mafioletti, da Gerência Técnica e Econômica da Ocepar, que coordenou a viagem, afirmou que "a alta fertilidade natural dos solos (utilizam 10% dos fertilizantes utilizados no Brasil, 1,6 contra 16,0 milhões de toneladas), o relevo da planície, a pequena distância até os portos (150 a 200 km) e o tamanho das propriedades são as principais vantagens dos produtores. As propriedades de tamanho médio têm entre 150 a 200 há, permitindo ganhos de escala".

Lavouras transgênicas - Mafioletti observou que 99% da soja é Argentina é transgênica, permitindo uma redução de custos da ordem de 28%. "Isso permitiu agregar áreas marginais do Pampa Úmido à produção, fazendo com que a área plantada aumentasse de 6 milhões de hectares na safra 95/96 para 11,5 milhões de hectares na safra 2001/2002. Em conseqüência, a produção aumentou de 12 milhões de toneladas para 30 milhões de toneladas". Mas nem tudo são vantagens aos produtores, que enfrentam uma reduzida capacidade de armazenagem (apenas 30% da safra) e um parque de máquinas obsoleto, com reduzido número de colheitadeiras. Robson Mafioletti observou, ainda, que as cooperativas agrícolas argentinas "não agregam valores às commodities e têm menor importância no agronegócio daquele país".

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