UVA: Rentabilidade eleva os preços das terras em até 50%

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Um levantamento feito em Marialva mostra que os cerca de 1,5 mil hectares de uva do município são responsáveis por 50% da economia rural, superando os 22 mil hectares cultivados com soja, a cultura que fica em segundo lugar. Na safra atual, quem colheu primeiro, no final de novembro, chegou a receber R$ 2,50 por quilo da uva na propriedade. Mas a média de preço fica em R$ 1,50, segundo Silvia Capelari, da Emater, uma das responsáveis pelo acompanhamento da cultura no município.

Faturamento - Mais de 80% dos produtores possuem até um hectare de parreira em Marialva. Na média, uma dessas áreas gera duas colheitas anualmente, uma no inverno e outra no fim de ano, cada uma de 18 mil quilos, o que garante em torno de R$ 50 mil de receita líquida ao ano.O custo de produção, sem incluir a construção da parreira, é inferior a 10% do faturamento bruto.

Profissionalismo - Cuidar de uva requer profissionalismo. Conforme a Emater, o segredo começa na formação da videira. A primeira colheita ocorre após 2,5 anos do plantio. Os técnicos estimam em R$ 30 mil o custo para a implantação de uma parreira de um hectare, incluindo a cobertura com tela, um item indispensável para garantir a qualidade maior e evitar problemas com chuvas de granizo, insolação e ataque de pássaros. O bom momento vivido pela uva, em Marialva, pode ser verificado no preço da terra. Enquanto um alqueire (24,42 mil metros quadrados) para a agricultura custa mil sacas de soja (em torno de R$ 40 mil), a chácara de 6 mil metros quadrados de terra nua para uva custa R$ 60 mil. (Gazeta do Povo)

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