TRIGO: Preço chega a R$ 28,00 a saca

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O preço do trigo atingiu ontem R$ 28,00 a saca de 60 quilos nas cooperativas da região de Cascavel. É o maior valor desde 2003, quando o produto atingiu o mesmo patamar, mas com o dólar a quase R$ 4,00 – ontem a moeda americana fechou a R$ 2,14. Muitos agricultores estão segurando a produção e esperam vender a saca do trigo acima de R$ 30,00, recuperando um pouco os prejuízos com as safras passadas. Com a cotação a R$ 28,00, o trigo se iguala em termos de valores com a soja, (que também foi cotada a R$ 28,00 a saca no balcão da Coopavel ontem). A oleaginosa, porém, sempre esteve à frente do agronegócio regional. De acordo com o Deral (Departamento de Economia Rural), vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o valor médio do trigo alcançou R$ 19,57 no ano passado e R$ 24,51 em 2004. Para os analistas de mercado, há espaço para a cotação do produto subir ainda mais e superar os R$ 30,00. A avaliação feita se deve a quebra na produção da safra nos principais estados produtores, como Rio Grande do Sul e Paraná. No primeiro a quebra deve atingir 21% e no segundo acima de 10%. Se não bastasse isso, a safra 2006 sofreu uma redução de área significativa. Em Cascavel, por exemplo, o plantio foi reduzido de 164 mil hectares em 2005 para 75 mil hectares este ano. De acordo com o Deral, mais de 95% das lavouras foram colhidas na regional de Cascavel.

Produtividade - Os técnicos do Deral também reduziram a projeção de produtividade na regional. O primeiro levantamento indicava a produtividade média de 2.224 quilos por hectare e está sendo revisto para 1.979 quilos por hectare, o que representa uma queda de 12%. “A queda na produtividade está ligada a problemas climáticos durante o ciclo do trigo, que enfrentou seca no plantio, formação de geada durante floração e excesso de chuvas na colheita”, disse José Pértile, do Deral de Cascavel. Apesar da quebra, muitos produtores rurais estão otimistas com o mercado. É o caso de Marlon Oldoni, de Cascavel, que junto com o sócio, está segurando boa parte da safra recém colhida. “O preço do trigo está bom. A nossa expectativa é de que a cotação suba mais ainda. Por isso, decidimos guardar a produção e só vendê-la mais tarde”, afirmou Marlon. Para os analistas, a cotação a R$ 28,00 é é significativa e ajuda o agricultor a recuperar a liquidez. (VS Comunicação)

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