TRIGO II: Estiagem na Argentina também pode comprometer

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A falta de chuva é mais sentida na porção oeste da província de Buenos Aires, e compromete as condições das lavouras nessa região. As condições climáticas na Argentina começam a ficar desfavoráveis ao trigo. Sem chuvas e com maior evaporação por causa do aumento da temperatura, o déficit hídrico se acentua no oeste agrícola da província de Buenos Aires, comprometendo a condição do cultivo, conforme diagnóstico da Bolsa de Cereais em seu panorama agrícola semanal, divulgado no dia 26 de agosto. A redução da umidade do solo tem se agravado no último mês.

Necessidade - "Os plantios em Córdoba, La Pampa e os do extremo oeste, sudoeste e extremo sul de Buenos Aires, somados aos das províncias do Norte, necessitam chuvas em breve para compensar a lenta evolução do desenvolvimento vegetativo por causa do frio e da estiagem, especialmente aqueles localizados no norte, que começam a crescer", destaca o relatório. Por outro lado, o clima seco favoreceu o plantio no sudeste de Buenos Aires, já finalizado na zona de Trés Arroyos.

 

Plantio - Da superfície projetada de 4,2 milhões de hectares com trigo, 98,8% já foi implantada, conforme relevamento da bolsa. Segundo produtores, o plantio deve se estender até os primeiros dias de setembro se o clima ajudar. No extremo sul de La Pampa a finalização dos trabalhos depende das chuvas; se elas não ocorreram a área pode não ser semeada. No que diz respeito ao milho, a bolsa informou que a implantação de lavouras no norte de Santa Fé marcou o início do novo ciclo 2010/11, o qual, apesar das boas experiências durante a colheita passada, começa com dúvidas. Entre elas, o documento destaca a estiagem na região oeste, acompanhada por perspectivas de um prolongado período seco, em decorrência do fenômeno de "La Niña"; a incerteza sobre a cobrança de direitos de exportações (as retenções), e, finalmente, o atraso no fechamento dos contratos de arrendamentos sobre uma grande porcentagem de lotes.

 

Crescimento - Não obstante, destaca a Bolsa, "diversos fatores alentaram a comercialização de insumos durante a pré-campanha do cereal e nos permitem prever um crescimento de 9,1 pontos porcentuais em relação à safra prévia, levando a superfície destinada à produção do grão a 2.865.000 de hectares". A estimativa é baseada na melhor rentabilidade do cultivo em comparação com safras anteriores; uma importante necessidade de rotação para diversificar a produção e interromper o contínuo progresso de doenças em soja e, finalmente, uma forte influência de alta sobre a intenção do implante atual causa pelos elevados rendimentos obtidos durante a safra 2009/10. Por outro lado, a umidade nos perfis dos solos do núcleo produtivo é significativamente superior à registrada durante similar período de 2007/08, safra fortemente afetada pelo fenômeno "La Niña". (AgRural, com informações da AgEstado)

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