Trigo: Bruzone preocupa triticultores no Paraná

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A doença fungica Bruzone, que ataca principalmente o caule do trigo, no período considerado mais importante na formação do grão, deverá ser a maior vilã no recuo dos números da safra de trigo de 2004. A doença encontra na umidade e na temperatura alta, condições ideais para a sua propagação, informam especialistas. A estimativa de produção, que era de 276 mil toneladas, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Abastecimento e Agricultura (Seab), deve cair devido à incidência da doença nas lavouras da região.

Produtividade - A contar pelo histórico das últimas safras, quando o trigo perdeu espaço para outras culturas, os números apontam para uma redução na produtividade e em área plantada. Na safra de 2001, o trigo ocupou uma área de 131.754 hectares para uma produção de 272.892 toneladas e uma produtividade de 2.071 quilos por hectare. Já em 2002, a área aumentou para 160.286 hectares, mas a produção despencou para 209.306 toneladas e o rendimento por hectare chegou a 1.036 quilos. Na safra de 2003, a área sofreu redução para 140.147 hectares e a produção saltou para as 300.953 toneladas atingindo os 2.137 quilos por hectare.

Deral - Em 2004, novamente houve redução de área, foram 138 mil hectares com a estimativa de rendimento de dois mil quilos por hectare e a produção poderá chegar as 276 mil toneladas. “Existe uma preocupação na região norte, onde o trigo foi plantado mais cedo e também, onde a incidência da doença é maior. Estamos em alerta acompanhando o desenvolvimento para uma possível avaliação”, diz o engenheiro agrônomo do Edilson Souza Silva, do Deral.

Coopermibra - Para minimizar a ação da doença, que impede a passagem de sais minerais e água para a planta, o agricultor deve plantar na época recomendada, fazer rotação de cultura e plantar mais de uma variedade, explicou Dalvim Tochiaki Sato, engenheiro agrônomo da Cooperativa Mista Agropecuária do Brasil (Coopermibra), unidade de Sarandi. Segundo ele, o problema ocorreu devido ao excesso de chuva no início de julho. “Independente dos fatores climáticos, o agricultor deve seguir todas as orientações para não perder dinheiro nas safras”. (Assessoria Coopermibra)

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