TRIBUTAÇÃO: Carga tributária menor pode demorar 20 anos

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Uma ou duas décadas – eis o tempo que o Brasil levará para baixar a carga tributária, hoje estimada em 40% do PIB, para algo ao redor de 30%. Esta é a opinião de Maílson da Nóbrega, um dos palestrantes do evento “Brasil de Amanhã: Perspectivas para 2007”, promovido pela Revista e pelo Instituto Amanhã ontem (8/02), em Porto Alegre. “Não haverá uma reforma tributária, mas um conjunto de pequenos avanços que serão introduzidos gradativamente nas próximas décadas”, previu Maílson, ante uma platéia que praticamente lotou o Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, para ouvir o ex-ministro e, também, o presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, além do doutor em Relações Internacionais e integrante da comissão Jurídica da OEA (Organização dos Estados Americanos), Ricardo Seitenfus.

Pressão da Previdência - A razão pela qual Maílson não crê em uma grande reforma tributária, executada de uma só vez, é que a despesa pública brasileira – a grande fonte de pressão sobre a carga tributária – é muito alta e se apóia em alguns nós politicamente delicados. O principal deles é a Previdência. “O Brasil gasta com aposentadorias 13% do PIB. Isso é nada menos que o dobro da média mundial. E há países aqui na região, como Chile e México, que despendem com Previdência 5% do PIB”, comparou ele. “E na Coréia, esta proporção é de apenas 1,5% do PIB”. Apesar de saudar o Plano de Aceleração do Crescimento, Maílson o considera absolutamente insuficiente para “destravar” a economia brasileira, que cresceu a módicos 2,3% ao ano, em média, nas últimas duas décadas (Revista Amanhã)

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