TRANSPORTE: Presidente da Fetranspar, que vai assumir G7 em março, diz que frota do Paraná está sendo renovada, mas gargalos logísticos permanecem

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A frota paranaense de veículos de carga está sendo renovada entre 15% e 20%. A informação é do presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), coronel Sérgio Malucelli, que vai assumir, em março, a coordenação do G7 (grupo que reúne as entidades representativas do setor produtivo do Paraná). “Só se compra caminhão, se tem algo para transportar e o Paraná é um celeiro para o setor de transporte devido à força do agronegócio”, declarou durante visita ao presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, na tarde dessa segunda-feira (26/02), em Curitiba.

G7 - Em entrevista ao Informe Paraná Cooperativo, o futuro coordenador do G7, disse que embora as transportadoras estejam investindo na renovação da frota, os gargalos logísticos permanecem como uma das principais dificuldades de quem produz. “Esse é um grande desafio, daí a necessidade que as novas concessões de rodovias venham”, pontuou. Ele lembrou a atuação do G7 no processo de concessão das rodovias dos lotes 1 e 2 e disse que a expectativa agora é para que os lotes 3 e 4 sejam concedidos ainda este ano, ficando apenas os dois últimos para 2025.

Novo modelo - “A contribuição do G7 foi fundamental para que o novo modelo de concessão fosse adotado. A maneira como vinha sendo proposta pelo Ministério da Infraestrutura era de outorga onerosa, que é uma forma de disputar um lote pelo maior valor em dinheiro que se oferece e nós alteramos essa forma através de um aporte, onde se procura o melhor preço, o preço mais justo  e não se decide pelo valor que oferta”, explicou, acrescentando que o aporte é uma forma de garantir a obra, sendo que o valor pode retornar ao sistema na forma de novos investimentos e até mesmo numa possível redução de tarifas.

Acesso ao porto - Malucelli ressaltou que ainda há muita dificuldade de se chegar com as cargas ao Porto de Paranaguá. “Nós temos apenas um acesso ao porto e esse acesso tem que ser melhorado ou até mesmo que se faça um novo acesso”, defendeu. “A nova concessão está trazendo mais uma nova faixa de rolamento para descer ao porto de Paranaguá pela BR-277. Essa terceira faixa, daqui a sete anos, estará já superada. Então, já teria que se projetar para o futuro do Paraná uma nova estrada, considerando que uma nova ferrovia tem um custo extremamente alto”, destacou. 

Cooperativas - Apesar das dificuldades, o futuro coordenador do G7 se diz otimista. “O Brasil é muito rico, muito forte, a nossa economia tende a melhorar e o Paraná é um exemplo disso. Somos o quarto estado da federação, a cada dia temos um sucesso a mais no setor produtivo, sempre batendo recorde no agronegócio, na geração de emprego, é um exemplo para o Brasil”, destacou. Nessa área, Malucelli destacou o papel das cooperativas. “60% do que chega ao porto de Paranaguá vêm das cooperativas, é indiscutível a importância do cooperativismo na nossa economia e o papel da Ocepar na coordenação desse importante setor produtivo”, pontuou.  

FOTO: Samuel Milléo Filho

 

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