Suinocultura: Santa Catarina vende novamente para Russia

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A Rússia vai reabrir seu mercado para a carne suína de Santa Catarina a partir de amanhã, informou na sexta-feira o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, José Amauri Dimarzio. As exportações catarinenses para a Rússia foram suspensas em 24 de dezembro último, quando os russos alegaram risco de contaminação com o mal de Aujeszky após a ocorrência de casos da doença no Estado. A enfermidade, provocada por um vírus inofensivo ao homem, leva fêmeas ao aborto, agrava problemas respiratórios e causa encefalite nos leitões. Uma missão técnica do ministério viajou à Rússia no fim de semana para oficializar a retomada das exportações. Segundo Dimarzio, até outubro, além do certificado sanitário, as novas cargas de carne suína de Santa Catarina para a Rússia terão de apresentar uma declaração informando que o Estado é livre da doença desde outubro de 2002. Para extinguir os focos da doença de Aujeskzy, Santa Catarina sacrificou 84 mil cabeças de suínos, segundo o Ministério.

Redução das vendas - Desde a suspensão das vendas de Santa Catarina para a Rússia, o Estado deixou de exportar 15 mil toneladas, ao valor de US$ 16 milhões, segundo o diretor da Abipecs (reúne exportadores), Cláudio Martins. Santa Catarina é o principal exportador de carne suína do Brasil e responde por 70% das exportações para a Rússia Em 2002, o Brasil exportou US$ 481 milhões em carne suína. Desse total, US$ 376 milhões foram para o mercado russo. O Ministério da Agricultura brasileiro vinha tentando enviar uma missão à Rússia desde janeiro, mas a área veterinária daquele país resistia e alegava que o Brasil tinha de enviar "respostas concretas às suas preocupações" em relação à sanidade.

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