SOJA: Paraná abre colheita confiante na recuperação

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O Paraná abriu, na última semana, a colheita da soja 2006/07. O principal produto da agricultura deve ser também o carro-chefe em termos de rendimento neste ano. As tendências antecipadas pelo projeto Rumos da Safra/Gazeta do Povo estão se concretizando e, depois de três safras acumulando prejuízos, a produção de grãos entra numa fase de recuperação. O aumento da área plantada com soja não atingiu 2%, mas a produção deve ser mais de 20% superior a do ano passado. Os números são confirmados no último levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab). O ânimo dos produtores mostra que esta será uma safra de retomada.

Produtividade - Tudo indica que a produtividade vai ultrapassar a barreira dos 3 mil quilos por hectare, como na safra 2002/03, quando o estado bateu recorde de produção de grãos. Naquele ano, no entanto, o salto foi bem menor – de 5,1% na comparação com o cultivo anterior. As estimativas só não são mais animadoras porque a agricultura teve a renda reduzida nos últimos anos. No caso da soja, a produtividade caiu 12,24% na safra colhida em 2004, 10,06% na de 2005 e aumentou apenas 3,2% no ano passado. Faltou água para as lavouras. Este ano promete ser a porta de saída da faixa vermelha. Mas o crescimento da arrecadação não é garantido. Como é possível produzir mais e receber menos? Quem explica essa conta é a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). A entidade usa os números do ano passado como exemplo, quando houve aumento de 2,5% no valor em dólar recebido com as exportações do agronegócio. No entanto, quando se converte todos os saldos para o real, nota-se retração de R$ 14,5 bilhões para R$ 13,2 bilhões (8,9%).

Política cambial - Além de reivindicar mudanças na política cambial, os produtores de soja torcem para que os preços fiquem perto de US$ 250 por tonelada, como em 2003. A colheita da soja está em 1% e a ferrugem asiática ameaça todas as regiões do estado. Um batalhão de técnicos tenta alertar os produtores e ajudá-los a identificar a doença na fase precoce. Mesmo assim, pode-se dizer que este é o ano da soja. A chuva que prejudica culturas como o milho e a batata beneficia a oleaginosa. Tecnicamente, 91% das lavouras de soja estão em bom estado, 8% são razoáveis e 1% é ruim. A maior parte (70%) já passou pela fase mais vulnerável à ferrugem asiática, a floração. (Tudo Paraná)

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