Soja, milho e trigo no quarto módulo do Treino e Visita
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Centro-Sul e Sudoeste |
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08h30 as 10h30 |
Avaliação do trabalho desenvolvido, seguindo a metodologia preconizada pelo T&V, na safra 02/03 Ø Técnicos Especialistas das Cooperativas, Emater, Empresas Privadas e Pesquisadores. |
10h30 as 14h30 |
· Micronutrientes em soja – Volnei Pauletti – Fundação ABC · Cultivares de soja – Rudimar Molin – Fundação ABC · Agrometereologia nos Campos Gerais do Paraná – Rodrigo Tsukahara – Fundação ABC · Avaliação da safra de soja e milho nos Campos Gerais do Paraná – Sinohe Guerreiro de Oliveira - Castrolanda |
14h30 as 17h00 |
· Metodologia e resultados das faixas regionais de cereais de inverno – Juliano – Fapa/Agrária · Tratamento de sementes na cultura do milho – Heraldo – Fapa/Agrária |
17h00 as 18h00 |
· Relato e discussão sobre o desenvolvimento da cultura do trigo nas regiões atendidas pelos técnicos do T&V · Discussão da programação para o próximo módulo Ø Lineu Domit – Embrapa Soja Ø Marcos Martins - Iapar Ø Antoninho Maurina - Emater/Pr |
Falar sobre cooperativismo no Brasil ficou fácil. Fazer cooperativismo, nem tanto. Mas, nesta discussão, uma coisa é certa: o sistema vem crescendo de Norte a Sul, ganhando força, credibilidade e se consolidando como um dos pilares da economia brasileira. As cooperativas têm, hoje, o reconhecimento de um trabalho iniciado há décadas. O diferencial, e talvez o trunfo desse segmento, é a representação da base, onde o cooperado é a cooperativa. Junto com um grupo de pessoas, ele é dono e também administrador do seu negócio. É o princípio democrático, onde todos têm vez e têm voz.
No Paraná, a evolução do cooperativismo, que pode inclusive ser traduzida pelos números, tem sido algo surpreendente. Em 2002, o faturamento das quase 200 cooperativas do Estado atingiu mais de R$ 10 bilhões. O destaque fica para as do ramo agropecuário, que respondem por 80% desse montante. As cooperativas ainda participam com 13% do PIB total do Estado. Esse percentual é maior quando falamos do PIB agrícola, passando de 60%. Hoje o sistema é fundamental no processo de desenvolvimento econômico e social do Paraná. É preciso registrar, também, que esses resultados vêm acompanhados de geração de emprego, renda e qualidade de vida aos cooperados e à comunidade onde as cooperativas estão inseridas.
Contudo, ser cooperativista e fazer cooperativismo não é tão fácil. É preciso ter o objetivo econômico, mas também se preocupar com o bem comum. O trabalho social tem sido tão intenso quanto a busca pelos resultados. O Balanço Social das Cooperativas Paranaenses, editado no final do ano passado, mostra um pouco dessas ações. Somente em 2002, foram mais de R$ 1 bilhão investidos em temas como meio ambiente, educação, lazer, saúde, capacitação e formação cooperativista.
Nas cooperativas, o desafio diário de produzir, como instituição voltada à promoção econômica de seus integrantes, nunca deixou de lado um de seus fundamentos básicos, que é a responsabilidade social. O entendimento é de que os investimentos sociais funcionam como facilitadores para se alcançar melhores resultados nas atividades objeto da ação das cooperativas.
Atualmente, com o agronegócio na vitrina econômica do País, as cooperativas vêm ganhando mais exposição na mídia e se tornando referência nas discussões sobre o setor produtivo. Nesse contexto, cresceu também a responsabilidade do sistema perante a sociedade, que sem perceber já participa do cooperativismo em atividades do dia-a-dia, indo ao mercado, ao médico ou ao banco, por exemplo.
Convocadas a produzir cada vez mais, exportar e gerar divisas para o País, o sistema há tempos aceitou esse desafio. Além de suprir grande parte do mercado interno, tanto no setor produtivo quanto de serviços, as cooperativas têm negócios comerciais nos quatro cantos do mundo. A meta, agora, é ajudar no desenvolvimento e fortalecimento da economia brasileira. Para isso, estão colocando à disposição o know-how daquilo que mais sabem fazer, que é gerar emprego, renda e qualidade de vida através de um sistema justo, solidário - e que tem na união o segredo do sucesso -, o cooperativismo.
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(*) João Paulo Koslovski é presidente da Ocepar. O artigo foi publicado na edição de quarta-feira (11-06) na coluna Opinião do jornal Gazeta Mercantil.