Soja ainda é o produto mais exportado pelo Paraná
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Quase um terço de toda a soja exportada pelas cooperativas brasileiras no primeiro semestre veio da Coamo. Considerada a maior cooperativa da América Latina, a empresa comemora vendas de US$ 300 milhões e quer chegar aos US$ 550 milhões nos próximos anos. O principal comprador é o mercado europeu, mas há vendas para a Ásia e outros países. O presidente da Coamo, José Aroldo Galassini, lembra que o aumento do volume financeiro exportado também se deve à elevação do preço da soja. “A saca do grão saiu da casa dos US$ 10 para US$ 18,50. Hoje não está tão alta, mas as cotações favoreceram as vendas no primeiro semestre”, disse. De acordo com Galassini, as exportações de 2003 foram responsáveis por 40% do faturamento obtido pela Coamo. Como a meta da empresa é chegar aos R$ 4 bilhões em 2004, as exportações devem, a exemplo de 2003, bater novos recordes.
A Cooperativa Agropecuária e Industrial Cocari, de Mandaguari, começou a exportar soja este ano. Foram 8 mil toneladas destinadas à exportação, sendo que 2 mil foram para a China e 6 mil para o mercado europeu. O interesse na exportação é para valorizar mais os cooperados e fugir da dependência dos compradores brasileiros que estipulam preços.
Na Cooperativa dos
Cafeicultores e Agropecuários de Maringá (Cocamar) a exportação
de produtos semi-elaborados acontece há 20 anos e responde por 10% do
faturamento anual da cooperativa, o que corresponde a R$ 122,7 milhões
este ano. Entre os produtos exportados estão o café torrado e
moído para o Canadá, sucos e néctares para o Japão,
bebida à base de soja para Portugal, e uma linha de varejo com 84 produtos
para o Paraguai. “O que impressiona os compradores estrangeiros é
a boa imagem das cooperativas paranaenses que trabalham legalizadas, com apelo
social e priorizam a qualidade”, ressalta o assessor da Cocamar, Rogério
Recco. A primeira exportação de trigo do Paraná partiu
de um pool de cooperativas – Cocamar, Coamo, Batavo, Castrolanda, Agrária
e Coopervale – organizado no ano passado para aumentar o poder de negociação.
Só a Batavo exportou 6 mil toneladas, ao preço de R$ 480. (Fonte:
Gazeta do Povo)