Sicredi mostrou crescimento de 70% e inicia consolidação
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Consolidação e crescimento – Em sua mensagem ao Conselho de Administração, o presidente Seno Cláudio Lunkes mostrou que o sistema Sicredi no Paraná fechou o ano com um crescimento, em relação ao ano anterior, de 37% no número de associados e de 70% no volume de recursos administrados (R$ 475 milhões em fevereiro 03). Está presente em todas as regiões através de 215 postos de atendimento cooperativo, que atendem aos 121 mil integrantes. E em mais de 50 comunidades o Sicredi é a única instituição financeira, o que levou o sistema a reivindicar às autoridades para que as cooperativas de crédito sejam autorizadas a operar livremente com o poder público municipal e estadual, inclusive recebendo tributos. Nos próximos três anos serão dedicados “à expansão, consolidação e profissionalização do sistema”, objetivando alcançar melhores resultados econômico financeiros aos associados.
Nova diretoria – A nova diretoria da Sicredi Central Paraná, eleita hoje, é composta por Seno Cláudio Lunkes (presidente), Manfred Alfonso Dasenbrock (vice-presidente) e pelos seguintes conselheiros: Luiz Roberto Baggio e José César Wunsch, da Unidade 1; Jaime Basso e Adolfo Rudolfo Freitag, da Unidade 2; e Élio César Maruch e Wellington Ferreira, da Unidade 3. O conselho fiscal (titular) será formado por Osmar Arno Hubner, Jair Antonio Colla e Milton Luiz Campana. Serão suplentes: Ari José KLiemann, Orlando Muffato e Ricardo José Afonso.
Agradecimentos – Depois da aprovação do plano de trabalho para o próximo triênio, o presidente da Sicredi, Seno Cláudio Lunkes, fez um agradecimento especial aos principais parceiros. “Na nossa caminhada de crescimento encontramos vários outros parceiros que, de alguma forma, deram sua contribuição para o sucesso do Cooperativismo de Crédito. Nosso agradecimento especial à Ocepar, pela atenção que tem dedicado à promoção do sistema. Também temos encontrado apoio na Sicredi Serviços, na OCB, no BRDE, nas cooperativas centrais filiadas e nas cooperativas agropecuárias – eternas parceiras do Sicredi”.
O apoio do Governo - O vice-governador e secretário da Agricultura Orlando Pessuti, que participou de toda a assembléia, reafirmou o compromisso do Governo do Estado em apoiar o sistema de crédito cooperativo, “especialmente o Sicredi”, diante da segurança e solidez do sistema demonstrado no balanço. Pessuti lembrou o apoio dado ao Sicredi pela Assembléia Legislativas, através dos deputados Caíto Quintana e Hermas Brandão, entre outros. “Eu fico muito feliz em ver uma reunião tão tranqüila, com disciplina, ordem e convicção com que foram aprovadas as contas”, frisou o deputado. “Temos que conversar bastante daqui pra frente”, frisou, indicando a disposição do governo em se utilizar das cooperativas de crédito para apoiar a agricultura.
O apoio da Ocepar – O presidente da Ocepar, que coordenou a assembléia para a aprovação do balanço da Sicredi e também para a eleição do conselho diretor, elogiou as cooperativas de crédito afirmando: “Toda vez que participa de uma AGO do Sicredi eu saio cada vez mais tranqüilo por causa da disciplina e profissionalismo do sistema, o que nos leva a acreditar no seu sucesso. O Sicredi está dando uma demonstração de competência invejável a tal ponto que se defende, em Brasília, que o sistema seja mostrado como exemplo a ser seguido”, frisou. Disse ainda que o governo do Estado sabe que tem, no Sicredi, um sistema eficiente e por isso vai encontrar uma forma de contribuir para o seu maior desenvolvimento.
Elogio a Koslovski – O presidente da Cooperativa Bom Jesus (Lapa) , Luiz Roberto Baggio, também membro do conselho diretor da Sicredi Central e coordenador do programa Fome Zero para o sistema cooperativista, aproveitou a assembléia para destacar a atuação do presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, em defesa do cooperativismo de crédito e das suas grandes bandeiras. Citando Koslovski como “interlocutor do Cooperativismo”, Baggio lembrou o presidente da Ocepar “não só fala bem do Sicredi, mas também faz muito pelo Sicredi”. Citou, entre outras ações lideradas por Koslovski, o programa de alavancagem das cooperativas de crédito, hoje assumido pelo conselho especializado de crédito da OCB, e a luta em defesa da isenção do PIS e Cofins no ato cooperativo, onde o presidente da Ocepar foi escolhido o interlocutor da Organização das Cooperativas Brasileiras.
A economia, segundo Mendonça de Barros - O economista José Roberto Mendonça de Barros fez uma palestra aos dirigentes das cooperativas de crédito, falando sobre o cenário econômico atual, inclusive levando em consideração o cenário da guerra EUA e Inglaterra contra o Iraque. Mendonça de Barros mostrou um cenário econômico mundial mais otimista daquele que havia traçado ao final do ano passado, quando o presidente Lula montava sua equipe de trabalho. Elogiou o “Programa Palocci”, que vem mantendo a economia brasileira nos trilhos, mas também demonstrou que a guerra pode trazer reflexos negativos à economia mundial, com repercussão no Brasil, mas que isto depende do tempo de duração do conflito. Nesse cenário, o preço do petróleo pode cair a US$ 25,0 a tonelada, beneficiando a economia.
Reflexos na Alca – O desentendimento entre EUA e Inglaterra com os demais parceiros da ONU, especialmente França e Alemanha, deverá ter repercussão altamente negativa nas negociações da Alca. Citou um recente relatório de um grupo de empresários americanos, que cita as vantagens dos produtores brasileiros na produção de soja. O relatório, afirmou Barros, cita textualmente que os americanos estavam subestimando os produtores brasileiros. No entanto, alertou o conferencista, se eles estão preocupados com a competência brasileira na agricultura, temos que ficar alerta, por em qualquer momento vêm a reação.
Sobras da guerra – A guerra – se demorar mais do que o esperado – deve provocar a queda do poder de consumo do mercado americano, com reflexos na economia mundial, afetando diretamente o Brasil. Demonstrou, no entanto, que ainda é cedo para prever o que vai ocorrer, pois os consumidores americanos ainda estão em dúvida sobre as conseqüências da guerra no seu orçamento familiar. É certo, no entanto, que a economia mundial vai ficar “doente” por alguns anos em conseqüência da guerra e que isso refletirá no aumento das taxas de juros internacionais.